Marcelo Pimenta

Inovação e Futuro: um caminho para a Singularidade

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Como será o futuro? Seria magnífico ter essa resposta, porém não sabemos.
Mas algumas coisas podemos afirmar: Ele será cada vez mais centrado no ser humano. Ele será mais empático, experimentador, resiliente e ousado.

Eduardo Carmello nos ajuda a encontrar alguns sinais desse futuro a partir de um olhar singular para as pessoas. Por isso, continue a leitura deste texto até o fim. Você não vai se arrepender.

As mudanças na perspectiva de futuro

Anos atrás nossa mentalidade sobre o futuro consistia em algo nebuloso, sem nenhuma previsão ou então muito voltada para o acaso, a sorte. Hoje vale muito a pena se agarrar à perspectiva de Peter Drucker, que diz que o futuro, nada mais é que um conjunto de consequências das ações que estou fazendo hoje. E mesmo quando passado por situações que estão fora do nosso controle, ainda sim temos alternativas para contornar a situação e ajustar a vela na direção que queremos chegar.

Ou seja, pode-se dizer que o futuro é muito menos sobre tentar descobrir como vai ser, por exemplo, a inteligência artificial e muito mais sobre quais as ações que estou fazendo hoje na minha empresa, com meus clientes para realmente construir o futuro. A pergunta então que fica é: Quais ações faço hoje para garantir a sustentabilidade do meu negócio?

Como o mundo é VUCA, existe um paradoxo sobre presente, futuro e as necessidades dos clientes. Veja aqui:

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Apesar do futuro ser enigmático, a partir desse quadrante podemos fazer um trabalho de predição, podemos identificar o futuro.

Trata-se de uma provocação, um exercício em que você precisa se esforçar para responder às 4 perguntas:

  • Quais as necessidades atuais dos futuros clientes?
  • Quais as necessidades futuras dos futuros clientes?
  • Quais as necessidades atuais dos atuais clientes?
  • Quais as necessidades futuras dos atuais clientes?

Precisamos, portanto, estar no presente, pensar no futuro, criar produtos, experiementar e criar uma dimensão do que queremos.

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As formas de aprendizado

Nós precisamos olhar da educação frente a complexidade. Existe um vídeo no IGTV do Carmello sobre Aprendizagem na complexidade. Veja quando puder.

Há 10 anos atrás a consultoria do Eduardo Carmello realizou uma pesquisa que chegou à seguinte informação: “Em 2025 qualquer adolescente ou adulto poderá criar um aplicativo para apender sozinho.” Que é chamado de aprendizagem autodirigida.

Ele percebeu que erraram por 5 anos. O Covid antecipou esse fato e nos fez avançar nas fases do ensino.

Para a educação temos alguns tipo de ensino, em fases:

  • 1ª fase: ensino declaratório – é o ensino que conhecemos, em que o professor transmite a informação aos alunos.
  • 2a fase: aprendizagem procedural – é o ensino aplicado, testado. E tem relação com o DIY (Do It Yourself).
  • 3ª fase: aprendizado validado viável – quando não só eu apliquei, mas também outras pessoas.

O futuro do aprendizado é singular, por isso é preciso entender a jornada de aprendizagem. O aprendizado mais forte é aquele que alinha as 3 fases. Por isso, precisamos de uma revolução de aprendizado. A cultura de educação tem uma triste realidade, pois não está interessada em ver a autonomia do aluno. E escola não nos forma para sermos empreendedores, mas sim para sermos empregados.

Outras formas indiretas de conhecimento

É possível aprender com meios informais de informação? Como por exemplo, um post no Instagram?

Para Carmello isso é possivel se você fizer um planejamento estratégico do aprendizado. O que quero fazer com essa aprendizagem? Como vou aplicá-la? Se não, acaba ficando novamente só no declaratório.

Pela Enthusiasmos, consultoria do Eduardo Carmello, eles tiveram um caso interessante: Na pandemia, grandes empresas correram para criar universidades online e oferecer vários cursos para os funcionários em home-office. O resultado disso foi que não mais que 5% assistiram e tiveram impacto na performance. Isso porque ficou só no declaratório.

Então eles fizeram um teste AB e perceberam que não precisa oferecer 50 cursos aos colaboradores, mas sim apenas 1 curso online para a equipe, além de 4 mentorias para aplicação e medição de resultado.

No fim, foi constatado que ao assistirem 1 curso, as equipes atingiram de 70 a 75% da meta.

tendencias nos negocios pos-coronavirus

Conheça o curso Tendências nos Negócios Pós-Coronavírus

O curso, oferecido na plataforma Entheusiasmos, busca traçar um panorama de algumas tendências para o consumo pós coronavírus. O professor Marcelo Pimenta traçou um panorama com 20 tendências que servem como referência para quem deseja atualizar seus produtos e serviços centrados num consumidor que vem mudando rapidamente suas exigências.

A inovação em um ambiente de diversidade

Carmello defende que não devemos criar esteriótipos de grupos etários ou de formação, mas sim pensar no indivíduo e como tornar o processo de inovação interessante e acessível para todos de modo a, realmente, incentivar a diversidade.

1 – É preciso empatia na definição dos problemas dos clientes ou funcionários.

2 – A diferença de idade ou nível de educação não tem grande problema, pois traz opiniões diferenciadas. É importante ter uma quantidade grande de ideias, sem filtro.

3 – A produção do modelo acaba tendo uma resultado diferente, por ter contado com diferentes olhares.

4 – Depois, resta validar o modelo.

O problema é que grande parte de quem quer diversidade e inclusão, no fundo, quer uniformização. Isso é um perigo. Supondo que o vovô não sabe mexer no aplicativo, então ele tem uma resistência? Por que, então, não ver a jornada dele e tornar esse processo acessível?

Nós, como Designers, não podemos ter viés de confirmação. Todos são bem-vindos e ninguém é obrigado a participar. Se eu quero que o vovô participe, vou convidá-lo.

É importante entender que caráter, performance e inovação não têm a ver com a interferência da característica do indivíduo, mas com o desejo de produzir algo.

Para Jobs, design não é o que eu gosto, ou acho bonito, mas sim o que funciona. A discussão precisa estar na entrega de valor genuíno ao cliente.

Em se tratando de criar uma cultura de inovação para o futuro, é muito importante pensar nas pessoas. Não devemos colocar rótulos, mas sim criar uma jornada que faça sentido para vários perfis até o ponto de chegar em um relacionamento personalizado e singular.

Sem inovação e tecnologia é muito difícil pensar em singularidade escalável, mas hoje já é possível inovar para atender cada indivíduo de uma forma única. Um exemplo disso é o comprimido que possui um micro robô que, ao ingerir, ele detecta a quantidade de insulina exata que aquele paciente precisa naquele momento. Quer singularidade maior que esta?

Que possamos refletir mais sobre este assunto e continuar sempre na busca por novas formas de criar o nosso futuro.

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