Marcelo Pimenta

Digitalize-se ou desapareça

Por conta da abertura do WeAreSocial em Cingapura foi lançado um novo relatório da situação da internet na Ásia e Pacífico (APAC) que traz também dados atualizados da conectividade mundial. Soube da novidade através do amigo Vinícius Braz Rocha, netweaver e pesquisador da transformação através das redes. Num mundo em que a população urbana é de 54% estamos chegando a ponto em que quase metade da população (49%) já usa a internet ativamente (crescimento de 14% em um ano).  64% da população tem celular (crescimento de 28% em um ano). Os índices de crescimento apontam um caminho sem volta: mesmo as áreas rurais mais remotas estão se digitalizando. Para quem quiser se manter no mercado é preciso que consiga pensar no “digital first”, ou seja, é preciso pensar na interface digital de seu produto ou serviço seja ele uma lavanderia, uma lanchonete ou qualquer outro negócio da “economia tradicional”.

Com relação às mídias sociais, o “Grupo” Facebook (Facebook + WhatsApp + Messenger são os líderes numa lista em que consta também o Instagram).

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E num futuro cada vez mais social, os aplicativos de mensagens já superam o email (que ficou para trás) e em breve serão mais importantes que as próprias redes sociais.

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E os bots (robôs de interação humana através dos aplicativos de mensagens) se confirmam como tendência de marketing – e a cada dia surgem novas aplicações. Atualmente é possível através do WeChat (“concorrente” asiático do WhatsApp) pedir comida, renovar passaporte, pagar taxas e mandar dinheiro para amigos.

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Outra constatação importante é o crescimento do uso dos Emojis. São bilhões trocados diariamente através das mais diferentes tecnologias. E a justificativa é a velha sabedoria que uma imagem vale mais que mil palavras. Os Emojis conseguem ser mais empáticos que textos.

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A digitalização é irreversível e os links para os estudos completos você encontra acima. Mas isso não quer dizer que você não deve continuar cultivando sua humanidade – pois é a criatividade e a capacidade imaginativa do homem é que nos difere de um computador. A única certeza é que você não pode ignorar essa tendência. Mesmo que seja um negócio tradicional (como um hotel fazenda que preserva a tradição) não poderá abrir mão de estar “encontrável” na Internet, especialmente nos principais sites como Booking, TripAdvisor e demais plataformas de turismo online, que já representam porcentagem importante da reserva de quartos no mundo todo. Em tempos de mudanças aceleradas, combinar human centric design e digital first se tornou questão de sobrevivência.

Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
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