Muitas pessoas pensam que não são criativas, que não nasceram com esse dom e que gostariam de desenvolver a criatividade. Mas a boa notícia é que todos nós nascemos com esse dom, sim!
O que acontece então? Por que não sou uma pessoa criativa? Por que minha cabeça parece não funcionar?… Acontece que, ao longo da vida, nós vamos perdendo a nossa confiança criativa. Então vamos por parte para melhor entendermos.
Você já deve ter ouvido falar de Abraham Maslow, o cara que criou a “Pirâmide de necessidades de Maslow” e que se tornou muito conhecido pela “Pirâmide das Necessidades” e hoje é utilizada até no marketing e outras áreas em geral. Mas ele também é conhecido pelo estudo da criatividade, onde ele cunhou uma frase sobre o tema:
“O homem criativo não é aquele a qual se acrescentou algo, mas do qual não se retirou nada.”
Assim, vemos que Maslow vem falando do homem e da mulher que já vêm com essa potencialidade e que isso nos faz humanos. E foi o homo sapiens que “venceu” as outras espécies (no quesito evolução), porque ele tinha essa capacidade de combinar e de criar coisas, hábitos, leis de sobrevivência e fazer coisas inovadoras em relação a outras espécies. Ou seja, originalmente, historicamente e evolutivamente somos todos criativos.
Porém, como disse anteriormente, ao longo do tempo, a vida, a escola, a família, os padrões sociais fazem com que sua criatividade seja cortada. Para se ter uma ideia, existem pesquisas que dizem que crianças de 06 a 07 anos já ouviram pelo menos 10 mil “nãos”. E seria nessa fase da vida o momento ideal para desenvolver nossa confiança criativa, pois depois de crescidos vemos pessoas que não têm a mesma facilidade e imaginação, ou até segurança para desenhar uma simples casa ou avião, porque já perderam a confiança na sua capacidade de criar algo, mesmo que seja diferente do comum.
“Confiança Criativa” é o nome de um livro de David Kelley, que é o fundador da IDEO (empresa que potencializou o Design Thinking, a forma criativa de criar produtos e serviços inovadores). E neste livro ele diz como se pode recuperar a sua confiança criativa que você perdeu durante sua vida.
Baseado nisso vamos te dar 4 dicas para recuperar a sua confiança criativa:
1 – Seja curioso:
Pratique a observação e tente ver o mundo de um jeito diferente. Por exemplo Leonardo Da Vinci, pela curiosidade e observação, criou a obra de arte mais famosa do mundo, a Monalisa, e outras das quais ele misturava a arte, o desenho, a ciência, a anatomia, a arquitetura e assim criou o seu jeito de fazer pinturas.
2 – Aumente o seu repertório:
Faça novas experiências, vá a lugares onde você nunca foi, coma uma comida que normalmente você não pediria no restaurante, mude trajetos no caminho para o trabalho, busque novos conteúdos ou cursos e isso te ajudará na próxima dica.
3 – Pratique “combinatividade” (combinação+criatividade):
Não precisa ser um Michelangelo para ser criativo, apenas crie coisas combinando tudo o que for possível. Utilize ferramentas, coisas e ideias que aparentemente são opostos ou que não tenham ligação. A partir dessa mistura é possível encontrar resultados inusitados e soluções não imaginadas antes. Por isso, ter um repertório variado é fundamental.
4 – Permita-se:
Arrisque-se fazendo a diferença. Ninguém mais quer a mesmice, as pessoas querem e buscam coisas cada vez mais personalizadas e representativas no casamento, no comércio, no transporte, na academia etc. Quando você se permite arriscar e até mesmo errar, você tem muito mais aprendizado e consegue ampliar a sua competência de criar.
Bônus
E antes de terminar, vai mais uma indicação de livro: “Grande Magia – Vida criativa sem medo”, da escritora Elizabeth Gilbert (autora de “Comer, Rezar e Amar”). Neste livro você vai ver como era a vida dela antes e depois do sucesso e como ela desenvolveu a vida criativa dela. Este livro traz um trecho muito interessante, em que a escritora diz que a criatividade é como uma espécie de bactéria que está no ar, que pode te contaminar positivamente e daí você passa a ser uma pessoa cada vez mais criativa.
Assim, se você ficar com medo de se contaminar com essa bactéria da criatividade, ela vai cair em outra pessoa que está disposta a criar. E você vai continuar imune a uma vida diferenciada. Então o convite deste texto é: Se arrisque, se exponha e venha ser uma pessoa criativa.
Confira aqui o vídeo em que abordo o tema e mãos à obra para ser mais criativo.
Se preferir, ouça o podcast aqui ou na plataforma de sua preferência (Spotify, Itunes, dentre outros):
Se quer uma forma de desenvolver ainda mais a mentalidade criativa, leia o texto “7 abordagens para você organizar palestras que promovem, incentivam e disseminam a inovação“.