Marcelo Pimenta

Competência para entender e saber utilizar Big & Fast Data

Dados, informações, database, big data e fast data, conceitos que invadem nosso dia-a-dia e que às vezes atordoam, mas fazem parte da nossa realidade.

A abundância de dados e informações acessíveis pela internet pode até confundir, se ainda não entendemos o que é cada um desses conceitos, podemos aprender mais dados, informações e conhecimento aqui. Entender a relação e a diferença entre eles ajuda a colocar um pouco de ordem no caos.

“Dado como uma seqüência de símbolos quantificados ou quantificáveis”

“Informação é uma abstração informal (isto é, não pode ser formalizada através de uma teoria lógica ou matemática), que está na mente de alguém, representando algo significativo para essa pessoa.”

“Conhecimento é uma abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém.”

 Independentemente da quantidade ou da velocidade de acesso aos dados e informações e o acesso ao conhecimento, na prática, o que importa é a competência (soma de conhecimentos, habilidades e atitudes).

Ser competente é colocar em prática o que se sabe.

Teoria e conceitos, por si só não geram resultados, competência sim.

É preciso competência para correr atrás das informações e chegar, de acordo com o pensamento de Valdemar Setzer, à abstração pessoal sobre um tema e daí partir para a prática. Esta prática consiste em aproveitar o que está disponível para apoiar, ajudar, responder questões, encontrar soluções, descobrir novidades e oportunidades para inovar.

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 Vencidos os conceitos básicos, queremos recuperar aqui dois novos conceitos, bastante recentes (visto que só se tornaram possíveis pela revolução da microinformática, internet, etc.).

Big data “são os conjuntos de dados extremamente amplos e que, por este motivo, necessitam de ferramentas especialmente preparadas para lidar com grandes volumes.”

Fast Data “é a capacidade de processar estes dados em alta velocidade, maior do que a de um Big Data, a ponto de possibilitar uma ação em tempo real, adaptada ao perfil do cliente, tornando esse esforço mais assertivo e exclusivo, aproveitando as oportunidades em tempo hábil.”

Em outras palavras seria possível afirmar que para determinados negócios big data já não é o bastante, é preciso saber processar esses dados rapidamente. Entenda mais sobre isso (em inglês) aqui.)

Precisamos entender o que diferencia um banco de dados de um big data e um fast data para poder tirar proveito deles, usar as possibilidades e oportunidades que nos oferecem. Enquanto um banco de dados é algo estruturado – por exemplo a base de clientes de um banco – o big data, além do grande volume de dados imprime velocidade, variabilidade e complexidade.

Imediatamente, essas características nos remetem a empresas como Gologle, Facebook ou Twitter. Mas isso vai além. Grandes empresas estão investindo cada vez mais em big data para obter rapidamente o conhecimento sobre seus consumidores. A análise de dados obtidos nos Call Centers ou nas redes sociais sobre o comportamento dos usuários possuem características de variabilidade que se rapidamente aproveitadas podem gerar insigths para oportunidades e inovações. Um passeio pela Amazon Web Services é uma experiência que vale a pena (nem tudo está traduzido, vale ver o site em inglês).

O fast-data é uma evolução do big data, capaz de analisar dados e gerar informações em tempo real. Já está sendo utilizado, por exemplo, no comércio eletrônico. Você pode observar no momento da compra. Escolhido um produto o sistema é capaz de mostrar similares ou oferecer descontos. Mas a função mais valiosa dos fast data será mesmo a informação em tempo real associada à internet das coisas. A possibilidade de se obter conclusões em tempo real sobre situações do dia-a-dia. Quem utiliza o aplicativo Waze sabe que a experiência é só o começo.

Dá uma olhada neste vídeo, que tem o fast data bem explicadinho.

Concluindo, não importa de onde venham os dados e informações. Importa, sim, que possamos acessá-los, que sejam úteis e confiáveis. E que tenhamos competência em utilizá-los: saber onde encontrar os dados, saber processá-los e identificar como eles podem ajudar na construção de novos conhecimentos que contribuam para as  práticas e resultados desejados.

Fica uma pergunta: qual será o próximo passo? Creative data? Emotional data? O tempo dirá.

 

 

 

 

 

Por Márcia Matos. Jornalista, especialista em educação a distância, estudiosa do mundo digital, com muita experiência em Tecnologia da Informação, consultora e palestrante, com vários artigos publicados. Ex- funcionária do SEBRAE e atualmente, na equipe do Laboratorium, é coautora do TREM – Trilha de Referência para o Empreendedor.

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