Marcelo Pimenta

O Pokémon Go pode trazer de volta o consumidor ao ponto de venda?

Recentemente estive com o gerente de CRM de um das grandes redes de varejo do país, com centenas de lojas físicas e também e-Commerce e perguntei a ele qual o maior objetivo dele?

– Trazer o cliente de volta à loja.

Perguntei o que ele estava fazendo para atingir isso.

– Está cada dia mais difícil. Enviamos mala direta, SMS, mandamos promoção na fatura, temos o cartão tudo para trazer o cliente de volta a loja. Mesmo assim a cada dia é mais difícil.

Na ocasião eu provoquei para que ele experimentasse o WhatsApp, o FourSquare e o GoogleMaps (e também o Local Guides, iniciativa que o Google vem investindo bastante recentemente), aplicações que vêm permitindo ações com resultados relevantes no marketing. Minha intuição dizia que a chave estaria no uso criativo do celular, visto que ele que propicia a mobilidade dos serviços.

Mas, há 30 dias, tempo dessa reunião, eu não imaginava que existiria o Pokémon Go .

Nesse caso – e para ele – me parece que faz todo o sentido conseguir fazer ações que incentivem os clientes a retonar à loja – e esta vem sendo uma dos resultados mais efetivos das campanhas que vem sendo realizadas em todo o mundo na plataforma Pokémon Go , alguns deles listados por Priyam Jha no site Your Story:

  • A Bloomberg noticiou que a L’inizio’s Pizza Bar, em Nova York, conseguiu aumentar 30% suas vendas gastando US$ 10,00 para ativar o “Lure Module”, que atrai Pokemons para o estabelecimento. Dessa forma, Charmander e Snorlax foram avistados no bar para deleite dos jogadores
  • O McDonalds no Japão criou uma campanha onde um Pokemon só seria capturado na compra de um “Mc Lanche Feliz”, onde você compra o hambúrguer mas o brinquedo que acompanha não é físico, mas sim virtual;
  • O Museu  U.S. Space & Rocket Center no Alabama vem oferecendo um preço especial para visitantes através do aplicativo;
  • A T-Mobile está oferecendo um ano de internet grátis para que seus clientes joguem Pokémon Go .

Mais importantes que Pokémon Go  em si, é a nova “categoria de jogos” proposta, nesta combinação de realidade aumentada com gamificação e geolocalização.  O Pokémon Go precisa ainda se comprovar como plataforma, principalmente no Brasil onde ele chegou nesse dia 3 de agosto, mas além de propor um novo olhar sobre os espaços urbanos – ele propõe novos caminhos para o marketing de localização. Imagine como ele pode ajudar shopping centers, grandes magazines, centros comerciais horizontais – onde sua loja que ficava escondida poderá ser agora um PokéStop (onde você pode tentar capturar Pokemons) ou mesmo uma PokéGym (local onde são agendadas batalhas entre Pokemons e que vem juntando centenas de pessoas). E, provavelmente, em breve terão PokeOutrasCoisas que serão propostas pelas marcas e sugeridas pelos próprios usuários.

Prepare-se, uma nova arena está surgindo e talvez você PRECISE fazer parte dela.

Publicado originalmente no Digitalks.

 

Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
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