Marcelo Pimenta

BitWage lança oficialmente no Brasil plataforma que facilita recebimentos de serviços prestados para clientes e empresas estrangeiras

A startup Bitwage vem operando no Brasil desde 2014 de forma “beta”. Mas há cinco meses o volume médio de transações no país vem crescendo, com picos de US$ 200.000,00 por mês. E a startup californiana – que tem como investidores  a Draper Associates do empresário Tim Draper ( primeiro investidor na Skype, Tesla) e da Orange Silicon Valley –  decidiu investir na operação brasileira criando um canal de suporte em português, lançando um blog e criando canal no Youtube. A operação no Brasil (e também na América Latina) está a cargo de Fabiano Dias, que é publicitário e vinha trabalhando com empresas de tecnologia desde o início de sua carreira.

A principal facilidade disponível é receber o dinheiro em conta corrente, em qualquer banco brasileiro, 24h após o depósito ser feito no país de origem – 100%, sem burocracia (tanto para quem recebe, quanto para quem paga, que faz um depósito para uma conta corrente local, em moeda local) e com taxas menores que a concorrência.

A vantagem de receber via BitWage em comparação com os bancos tradicionais é imensa. Nesses é preciso que você use uma transação chamada SWIFT, onde é preciso preparar um invoice na língua que você vai receber o valor, esperar de 3 a 10 dias úteis, pagar IOF mais tarifas bancárias e ficar condicionado à cotação dos bancos (que normalmente são bem agressivas). Em 2014 tive que receber um valor de um prêmio no NetExplo para comprar um PC para meu aluno foi via SWIFT e uma super dor-de-cabeça que demorou mais de 15 dias até eu aprender e até ir ao banco esperar numa fila para conseguir receber o dinheiro.

Canal da BitWage no YouTube no Brasil traz vídeos com legendas em português.
Canal da BitWage no YouTube no Brasil traz vídeos com legendas em português.

Mas hoje já existem processos de transferências mais modernos, por isso perguntei por que é melhor usar o BitWage do que usar o PayPal, por exemplo? “Porque é mais rápido, é mais transparente (o uso da tecnologia blockchain permite o rastreamento em tempo real – no momento em que o valor é depositado ele já aparece a liberar na conta corrente)  e além disso é possível receber em 30 moedas estrangeiras incluindo moedas digitais como o bitcoin” explica Fabiano Dias.

Os principais mercados atendidos são de free-lancers (designers,programadores e tradutores, principalmente) que desenvolvem aplicações e criações para clientes estrangeiros e agora recebem pela plataforma. Além de empresas estrangeiras, que passam a ter a opção de pagar o salário dos empregados no Brasil de forma facilitada.

O time atual da BitWage é de 15 pessoas e conta com escritórios em São Francisco, Nova Jersey e nas Filipinas. O total de valor transacionado até o momento é de quase 6 milhões de dólares (você pode acompanhar em tempo real esse valor aqui), sendo o principal mercado as Filipinas. O Brasil representou cerca de 35% das transações no mês de julho de 2016. Segundo o site Crunchbase, a startup liderada por Jonathan Chester recebeu capital anjo de US$ 750 mil em novembro de 2015.

Publicado originalmente no Startupi.

Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
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