Marcelo Pimenta

Design Thinking aplicado: o guia para ir da origem à prática

design thinking

Uma metodologia que vem transformando a forma das pessoas e empresas pensarem, o Design Thinking aplicado tem tudo a ver com inovação.

O termo significa “pensamento do design” ou “pensar como designer” e é utilizado pelas empresas mais inovadoras como abordagem de soluções criativas para problemas ou criação de novos serviços ou produtos.

A base da metodologia é clara: visa criar inovações com o maior número de perspectivas possíveis.

Ou seja, é um processo criativo feito de forma coletiva e colaborativa, que reúne o máximo de perspectivas, visões e ideias diferentes para conseguir traçar uma solução mais completa para problemas ou novos produtos e serviços.

Vem comigo que vou te explicar como funciona!

O que é e o que não é o Design Thinking?

“Design Thinking é uma abordagem antropocêntrica para inovação que usa ferramentas dos designers para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso dos negócios” – Tim Brown, autor do livro Change By Design.

O Design Thinking é uma forma de abordagem originária do design e adaptada aos negócios para desenvolver produtos, serviços e projetos ou resolver problemas baseado no processo cognitivo dos designers.

O foco desse processo é o ser humano para criar soluções que despertem desejo e paixão. É fazer inovação na prática.

Uma inovação precisa atender a três critérios básicos:

  1. Tenha viabilidade econômica
  2. Seja executável
  3. Desperte desejo nos clientes

O Design Thinking aplicado vem como resposta para integrar a desejabilidade de forma executável tecnologicamente, nos moldes de um negócio.

Qualquer empresa ou profissional com o desejo de inovar pode (e deve) usar essa abordagem!

A aplicação do Design Thinking deve ser feito considerando o consumidor, a experiência do cliente e o nicho; esse processo geralmente é feito em grupo (coletividade) e dividido em fases, que vou falar adiante, para você saber como ter o Design Thinking aplicado de uma vez por todas!

Antes disso, vamos ver alguns pontos rápidos para ficar mais claro!

Design Thinking é:
-> Colocar o cliente no centro das decisões.
-> Usar métodos e processos para envolver os times na direção às necessidades do usuário.
-> Usar os recursos disponíveis para entregar valor gerando experiências emocionais positivas.
-> Antecipar vitórias – feito é melhor que perfeito.
-> Colocar empatia, prototipação e experimentação em tudo o que faz.

Design Thinking não é:
– Passar um final de semana em uma imersão, voltar na Segunda-feira com tudo na mesma.
– Festival de post-it.
– Forçar ou exagerar o uso de mapas a todo o momento.

As 4 etapas do Design Thinking aplicado

Apesar do Design Thinking não ter uma fórmula pronta, linear e estática, ele possui alguns procedimentos que costumam ser essenciais. A forma que trabalho com ele consiste de 4 fases ou etapas, onde nas duas primeiras é a definição do problema, e as duas últimas é sobre a solução deste problema.

1 – Pesquisa

Descobrir, conhecer qual é o problema.

É a etapa onde se pesquisa para que o problema seja identificado.

Isso pode se dar através de entrevistas presenciais, pesquisas aprofundadas, análise SWOT, big data, etc.

Também é hora de escutar o usuário, observá-lo, entendê-lo e visualizar suas necessidades, obtendo o máximo de feedback possível.

Quanto mais completo for esse entendimento, melhor será o processo.

Com todas as pesquisas feitas, passamos para a próxima etapa.

Para te ajudar nesse processo, você pode baixar o ebook que ajudei a desenvolver: “As ferramentas visuais para estrategistas”. Corre lá enquanto ele ainda é gratuito!

2 – Síntese

Definir, delimitar qual é o problema, baseado na análise dos dados da pesquisa.

Munido de todos os dados reunidos na pesquisa, é a fase de definir qual é o problema a ser tratado e o que precisa ser resolvido. Essa síntese irá guiar o processo de criação da solução.

É muito importante identificar o problema certo a ser tratado, de forma clara e passível de soluções inteligentes, senão o resultado do processo não será proveitoso.

Sugestão de ferramentas:

  • Diagrama de afinidades
  • Mapa da empatia
  • Golden Circle

3 – Ideação

Desenvolver, criar hipóteses

É a fase de brainstorm, em que se deve gerar e debater ideias que façam sentido para solucionar o problema devidamente identificado. É de extrema importância que as sugestões fluam sem censura ou medo de errar.

Com várias ideias coletadas, é necessário priorizar quais são as melhores.

Algumas ferramentas sugeridas para essa fase:

  • Brainstorming
  • Biomimética
  • Matriz de priorização
  • Mapa visual da solução

4 – Implementação

Desenhar e Entregar soluções

A última fase é onde os protótipos ou MVPs são testados e então se escolhe o que mais faz sentido para ser implementado.

Algumas ferramentas indicadas nessa fase:

Precisa de ajuda?

Como eu estou aqui para te ajudar a alcançar a sua melhor versão e ter sucesso, aqui está mais um material gratuito para te ajudar com esse processo!

O manual “Trilha de Referência para o Empreendedor” ou “TREM”, metodologia baseada nas melhores práticas para implantar um negócio, eliminando os caminhos de fracassos e aumentando as chances de sucesso.

Origens do Design Thinking

O Design Thinking aplicado aos negócios, apesar de estar na mídia, não é algo novo, e você pode ver através da história vários usos do conceito de Design Thinking bem antes do termo ser formalmente cunhado, sendo parte de um processo de evolução do design.

Como a querida Clarissa Biolchini, especialista em processos de inovação guiados pelo design, cita no bate papo que tivemos (e que você pode conferir clicando aqui), o design tem várias vertentes.

Ela comenta que, desde que o homem existe, ele busca soluções para seus problemas e para isso usava recursos à sua disposição.

É esse mesmo drive que nos conduz a essa vertente do design que é: preciso de alguma coisa, construo algo que tenha alguma função e uso isso, é quase que um instinto humano.

Clarissa cita também a vertente que diz que o Design começou na Revolução Industrial.

A produção em série com um processo industrial pediu o nascimento do design e entendeu a ideia de que todo produto precisa de uma comunicação – não só a comunicação da marca, como da interface do produto. Ela dá um escopo maior sobre as origens do Design Thinking e se você tem interesse em saber de forma mais aprofundada, vale a pena conferir!

Linha do tempo

Outra forma de traçar a origem do Design Thinking é em 1919, na Escola de Design Bauhaus, que revolucionou o design com a proposição de combinação de métodos e técnicas de forma a projetar serviços e produtos que fossem ao mesmo tempo funcionais, esteticamente belos e com uma boa experiência para o usuário.

Foi se cristalizando em Stanford, na década de 70, com a publicação do livro “Engenharia Criativa” (do professor John E. Arnold) e do “Experiences in Visual Thinking” (do professor Robert H. McKim). Outra publicação que considero muito importante dessa década é “Como arquitetos e designers pensam” de Bryan Lawson.

A sua formalização como termo veio na década de 90 por David Kelley, dentro da IDEO, a agência de Design mais famosa do mundo.
Mas essa ideia só foi estourar mesmo após 2006, quando foi reconhecida no Fórum Econômico Mundial e saiu na capa das revistas “Harvard Business Review” em 2008 e “HSM Management” no ano seguinte.

Confira a breve linha do tempo do Design Thinking aplicado:

design thinking

Não é novo, mas é necessário: por isso, todos devem colocar em prática

Utilizar o Design Thinking na sua empresa pode mudar o seu negócio de forma muito positiva!

Ele se destaca como método com seu baixo custo de implementação e grande vantagem competitiva, podendo ser realmente o diferencial para seus projetos e liderança perante a concorrência.

Além disso, ele gera maior sensação de pertencimento, empatia e cooperação entre os seus colaboradores, o que gera mais impactos positivos no seu negócio.

Essas características mostram o porquê ele é tão atual e falado, e você deve usar isso a seu favor!

Gostou de mais esse modelo de inovação?

Para quem quer ser mais criativo, é preciso conhecer sempre mais e entender as possibilidades que você tem para buscar soluções, e qual tem melhor aplicabilidade.

Para isso, você pode dar uma olhada nos outros textos aqui do blog, ou ainda, fazer o meu curso GRATUITO “Modelo de Negócios Inovadores”. Corre lá para nunca mais se sentir para trás!

P.S.: Ainda tem dúvida sobre como o Design Thinking pode ser usado como ferramenta para gerar valor ao seu cliente? Isso é simples de resolver: acesse este artigo e tire todas as dúvidas sobre o assunto.

Postado por Marcelo Pimenta

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