Se você me acompanha há algum tempo, já deve ter lido, assistido ou ouvido algum conteúdo sobre a importância do design centrado no usuário. Neste meu último dia em missão técnica nos Emirados Árabes (que ocorreu entre 20 e 25 de janeiro de 2018), ficou evidente o quanto o país vem investindo para transformar cada visita estrangeira em uma experiência única. Durante os últimos dias, tive a oportunidade de conhecer Dubai, Masdar City e na capital dos Emirados, Abu Dhabi, e superar muitos preconceitos sobre o Oriente Médio.
Muito dessa gratificante experiência se deve à combinação entre o antigo e o novo, entre as tradições, conforto e novas tecnologias. O museu do Louvre, por exemplo, é um projeto contemporâneo, mas que preserva símbolos da arquitetura árabe, como a cúpula que cobre o local. Aliás, a peça é toda feita em arabescos, o que deixa alguns pontos de luz solar entrarem, criando sombras marcadas pelas rajadas de sol. Esse efeito resultou de um estudo sobre a iluminação do local. Para o arquiteto responsável pelo projeto – nada menos que Jean Nouvel, que projetou obras como Torre Abgar (Barcelona), One Central Park, 53W53 (Nova York), Doha Tower (Doha) –, é vital pensar nas sensações que se quer proporcionar a quem observa ou adentra uma construção.
Além de exemplo no bom uso do design, a filial de Abu Dhabi é o primeiro museu do Louvre fora de Paris, um negócio que envolve cifras astronômicas – custou 140 bilhões de dólares apenas para o uso da marca Louvre. Lá dentro, as obras de arte também misturam tradição e contemporaneidade; o museu mostra tanto uma escultura em mármore chamada “Cavalos ao Sol”, que pertence ao Chateau de Versailles e foi emprestada ao Louvre, quanto uma obra feita de cabos coaxiais e seus respectivos conectores, prova de que a arte pode ser feita em qualquer suporte.
Arte, inovação e história continuam presentes nos demais pontos turísticos de Abu Dhabi, como o Emirates Palace. Inicialmente um palácio presidencial, o lugar se transformou num luxuoso hotel. Algumas pessoas se referem a ele como hotel 6 ou 7 estrelas, apesar de essa classificação não existir de forma oficial. E não é para menos. A suntuosa construção possui 1 km de ponta a ponta, e tem quase 400 suítes. Mas o que chama mesmo a atenção é a quantidade de ouro. O metal está por todo lado: nas paredes, utensílios e até nos alimentos! Ao pedir um cafezinho, hóspedes e visitantes podem se surpreender e experimentar o ouro comestível que decora a bebida. Incrível!
Às vezes, a inovação está em pequenos detalhes que, no final, proporcionam uma experiência nova para o cliente. Pense nisso!
Esses foram insights da missão técnica nos Emirados Árabes. Acompanhe mais dicas e novidades que vou postar aqui e nas redes sociais!
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Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
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