Passados 50 dias de pandemia os negócios e os profissionais nunca serão os mesmos. A crise mudou tudo e, por incrível que pareça, embora a orientação seja para que quem puder fique em casa, isso não significa que é para ficar parado. Há muito o que se movimentar, criar e inovar. É tempo de reinvenção para vencer a pandemia com criatividade!
Particularmente, eu posso dizer que nunca trabalhei tanto.
– ajudando as empresas a ajudar seus clientes nesse momento
– atendendo empreendedores via Sebrae
– criando conteúdos que possam inspirar e orientar como o Guia para Sobreviver e Inovar na Crise, o Plano de Ação para Superar o Coronavírus e o Guia Ikigai, que visa recuperar o tão importante equilíbrio entre a vida pessoal e profissional nesse momento.
– compartilhando conteúdos e insights nos veículos de comunicação.
Um exemplo dessa última contribuição que citei, foi a minha participação no Jornal O Imparcial de São Luis, Maranhão. Fui convidado para falar sobre a importância da criatividade e da resiliência na superação da crise.
A regra para vencer a pandemia é se conectar com o cliente para descobrir novas oportunidades é essencial.
O mundo não será o mesmo depois disso. Precisamos de uma mentalidade de crescimento para encontrar oportunidades na adversidade, só as empresas que forem criativas vão conseguir atravessar esse momento.
E aproveito para contar uma novidade!
Vou ter uma coluna no Imparcial que vai contemplar os leitores com conteúdos ricos em criatividade e dicas empreendedoras todos os fins de semana. Acompanhe!
Veja aqui os destaques da entrevista: Empresas criativas vão vencer a pandemia
Estamos diante de um momento completamente novo e difícil para maioria dos empresários e empreendedores. Quais habilidades mais eficazes para um empresário vencer este momento?
A habilidade mais importante é a criatividade. Empresas precisam se reinventar. As coisas mudaram completamente, o mundo será outro. É preciso ter a capacidade de desapegar do passado, ser criativo e inventar algo novo. O mundo se transformou e as empresas e os profissionais precisam se transformar. Acredito que a criatividade é o guarda-chuva. Mas precisamos ter a resiliência de poder entender que não dá para desanimar. Temos que encontrar nas dificuldades, nas adversidades, as oportunidades.
Como uma empresa pode ser mais resiliente?
Usar tecnologias novas, não ficar resistente a videoconferência, compras eletrônicas, novas linguagens, automação. É a resiliência ou resiliência evolutiva. Isso já era cada vez mais verdade e agora se acelerou. A necessidade de desaprender e de reaprender constantemente é importante. Não adianta só aprender coisas novas. Há coisas que não funcionam mais e a gente precisa ter o senso de oportunidade. Por isso, tomar decisões rápidas, sempre focada no ser humano, no cliente, é uma questão importante. A compaixão uma habilidade nesse momento. É um valor que precisa ser recuperado. Muitas pessoas não estavam preparadas e podem está precisando de ajuda.
Desde o início das medidas de isolamento muitos empreendedores se perguntam se é melhor continuar ou não com o foco do negócio na venda. Qual sua opinião sobre isso? É momento de vender e faturar?
Vai depender muito do setor. Existem segmentos que o foco não é na venda neste momento. Pegamos o setor de vestuário, por exemplo. Ninguém está querendo comprar, não tem motivo. Vai ficar chato. Eu criei junto com o Davi Braga (empreendedor) um guia de como inovar e faturar durante a crise. Nós mostramos que ali tem segmentos que você precisa primeiro se conectar com o cliente. Se você tem uma loja de roupas, de vestuário, você precisa se conectar com o cliente para saber se ele está bem, saber como vão as coisas, se a família do cliente está bem, e talvez ele te peça alguma coisa. Mas infelizmente, não adianta você querer vender roupas, por exemplo.
Conheça a Filosofia Ikigai. Neste guia inédito você vai aprender a desenvolver sua mente para descobrir sua razão de viver, o seu propósito de vida. O Ikigai é o segredo da longevidade. Quando você descobre algo que dá sentido à vida, isso te motiva, te leva adiante e te faz acordar todos os dias de bem com a vida.
Você é um craque em mentalidade inovadora. Num momento tão complexo como esse, há uma mentalidade que se sobressaia em relação a outra? Qual é ela?
Eu acredito que neste momento a questão de Mindset – que a professora Carol Dweck, de Stanford, traz no livro “Mindset. A nova psicologia do sucesso” – é fundamental. Há no mundo empresarial duas pessoas, dois jeitos, duas mentalidades. Uma de mindset fixo, que entende tudo isso como uma desgraça, uma tragédia, que só faz mal, que tem que acabar logo. Ou seja, tenta responsabilizar o externo e se vitimar. Esse é o Mindset fixo. Já o Mindset de crescimento entende que isso é chato, que não estava esperando, mas busca respostas: como vamos superar, como vamos aprender, o que podemos fazer para reinventar os negócios? Essa maneira de pensar é mais eficaz. Ou seja, você precisa encontrar saídas que possa te oferecer oportunidades e vencer a pandemia. Nem todas são fáceis, nem todas vão dá certo, mas é preciso continuar nadando para não se afogar.
E o cliente. Qual deve ser a relação desse empreendedor com o seu cliente? Exige mudanças de postura?
Sim, totalmente. Primeira questão a saber do cliente é “você está bem?”, “sua saúde está bem?”, “sua família está bem?”, essa é a primeira questão. Cuidar da saúde do seu cliente, essa é a mudança de postura mais importante. Depois, relacionado com a pergunta anterior, você usa esse mindset de crescimento pra fazer diferente. Vamos pensar que alguém do Maranhão tem uma agência de receptivos que está parada porque atende clientes de fora. Porém, ela conhece muita gente dentro da sociedade, da comunidade dela. Ela criar alternativas para falar com essas pessoas. Mesmo sendo uma agência de turismo, ela tem outras competências. Pode criar agora uma escola online sobre turismo, de reforço para crianças. Às vezes a pessoa é pedagoga ou professor de matemática, enfim… No contato com o cliente vão surgir oportunidades e você não tem que fechar os olhos.
Para uma empresa tradicional, a adaptação ao home office não é algo simples. Você acha que é possível para empresas sem essa dinâmica de trabalho no seu DNA manterem a produtividade em alta?
Vai depender muito da postura de cada profissional frente a isso, porque a empresa é feita de pessoas. Sem dúvidas, empresas mais tradicionais que não estavam preparadas para a transformação digital e não fazem um trabalho remoto, não trabalham de forma colaborativa. Tem pessoas que estão sendo convidadas ou forçadas a isso agora, vai depender delas, da postura. Acredito que 20% dos empregos em geral vão desaparecer com essa crise. Então, quem tem cem empregados na média vai ficar com oitenta, quem tem dois mil vai ficar com mil e seiscentos. É só um chute, uma generalização, mas eu acredito que seja mais ou menos isso. Então você vai ver que um dos critérios muito levado em conta é essa questão da adaptação; se teve aquele funcionário que foi para casa e reclamou do home office, se tornou improdutivo com o home office. É uma questão de mentalidade. Eu entendo que esses problemas existem e sempre tem como superar esses problemas e não ficar reclamando. Então acredito que esse percentual das pessoas que serão demitidas vão ser aquelas que se tornaram resistentes no sentido de não querer se adaptar.
Quer ver a entrevista completa que vai te ajuda a vencer a pandemia? Acesse o site do O Imparcial.
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