Marcelo Pimenta

Novas tecnologias educacionais passam por prova frente ao Coronavírus

Novas tecnologias educacionais passam por prova frente ao Coronavírus

Educação e Coronavírus: Metade dos estudantes do mundo estão sem aula e esse número só aumenta. O responsável por essa façanha? O vírus que vem espalhando medo e morte (para quem não se previne).

É sabido que nos momentos de crise muitas tecnologias avançam. O fim da madeira e do carvão viabilizou a luz elétrica e o petróleo. Foi depois da varíola matar 400 mil pessoas na Europa no Séc. XVIII que se estabeleceram as condições mínimas de higiene nas cidades. Uber e AirBNB são exemplos de startups que se tornaram bilionárias impulsionadas pela necessidade de geração de renda decorrente da crise norte-americana de 2008.

Mas o holofote aqui está na educação e nessa imposição da adoção das aulas a distância como se “por decreto”. E aparentemente essa realmente é a melhor decisão, pois segundo o artigo científico mais recente de fonte confiável – Revista Science – 86% das infecções não são diagnosticadas e 79% das transmissões acontecem a partir de pessoas assintomáticas. Ou seja, os números da imprensa não refletem a realidade.

Por isso mesmo não pode ser considerada exagera a decisão da grande maioria das universidades do país – privadas quase a totalidade, públicas, a maioria – de cancelar as aulas presenciais e transferi-las para o ensino a distância (EAD).

Porém, a grande maioria dos estudantes brasileiros estão na educação básica (48 milhões de matrículas em 2019). E esse problema não é só no Brasil. Na Itália, Alemanha e França as escolas estão fechadas assim como em alguns estados americanos.

E, frente a todo o colapso nunca previsto,no que diz respeito à educação e coronavírus, há dois movimentos em paralelo e complementares.

Por um lado, professores criativos que estão buscando alternativas. Como é o caso de Renato de Castro que, através do Facebook criou a Smart School Veneto, iniciativa que busca levar através da rede social atividades para  alunos de todas as idades – Na fanpage foram criadas nove turmas, que englobam do jardim de infância até o nível secundário. Para se comunicar com os pais, a equipe do projeto utilizou o WhatsApp. Em um único grupo foram reunidos 58 representantes que respondem por 850 famílias e 1.200 alunos.

Por outro, várias plataformas de colaboração e ensino a distância estão abrindo suas plataformas para uso gratuito. Vai aqui uma lista das que consegui reunir: no exterior Socrative, Cisco, Microsoft são algumas que liberaram suas licenças. No Brasil, We Mentor, Sambatech também disponibilizaram acesso gratuito a seus serviços, além da ABED – Associação Brasileira do Ensino a Distância que, desde 1995 vem criando os padrões e buscando a excelência desse tipo de prática no Brasil, ter lançado um manifesto se colocando à disposição de quem precisar de ajuda para enfrentar esse desafio. Os empreendedores Bruno Nardon, Tallis Gomes e Alfredo Soares criaram no Gestão 4.0 uma lista de ações que grandes empresas estão adotando como resposta ao coronavírus.

E você? O que tem visto sobre como o coronavírus pode acelerar a revolução na educação?
Conhece casos de professores e instituições que estão fazendo algo bacana?
Comenta aí! #todoscontracovid19

Fontes:

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