Educação e Coronavírus: Metade dos estudantes do mundo estão sem aula e esse número só aumenta. O responsável por essa façanha? O vírus que vem espalhando medo e morte (para quem não se previne).
É sabido que nos momentos de crise muitas tecnologias avançam. O fim da madeira e do carvão viabilizou a luz elétrica e o petróleo. Foi depois da varíola matar 400 mil pessoas na Europa no Séc. XVIII que se estabeleceram as condições mínimas de higiene nas cidades. Uber e AirBNB são exemplos de startups que se tornaram bilionárias impulsionadas pela necessidade de geração de renda decorrente da crise norte-americana de 2008.
Mas o holofote aqui está na educação e nessa imposição da adoção das aulas a distância como se “por decreto”. E aparentemente essa realmente é a melhor decisão, pois segundo o artigo científico mais recente de fonte confiável – Revista Science – 86% das infecções não são diagnosticadas e 79% das transmissões acontecem a partir de pessoas assintomáticas. Ou seja, os números da imprensa não refletem a realidade.
Por isso mesmo não pode ser considerada exagera a decisão da grande maioria das universidades do país – privadas quase a totalidade, públicas, a maioria – de cancelar as aulas presenciais e transferi-las para o ensino a distância (EAD).
Porém, a grande maioria dos estudantes brasileiros estão na educação básica (48 milhões de matrículas em 2019). E esse problema não é só no Brasil. Na Itália, Alemanha e França as escolas estão fechadas assim como em alguns estados americanos.
E, frente a todo o colapso nunca previsto,no que diz respeito à educação e coronavírus, há dois movimentos em paralelo e complementares.
Por um lado, professores criativos que estão buscando alternativas. Como é o caso de Renato de Castro que, através do Facebook criou a Smart School Veneto, iniciativa que busca levar através da rede social atividades para alunos de todas as idades – Na fanpage foram criadas nove turmas, que englobam do jardim de infância até o nível secundário. Para se comunicar com os pais, a equipe do projeto utilizou o WhatsApp. Em um único grupo foram reunidos 58 representantes que respondem por 850 famílias e 1.200 alunos.
Por outro, várias plataformas de colaboração e ensino a distância estão abrindo suas plataformas para uso gratuito. Vai aqui uma lista das que consegui reunir: no exterior Socrative, Cisco, Microsoft são algumas que liberaram suas licenças. No Brasil, We Mentor, Sambatech também disponibilizaram acesso gratuito a seus serviços, além da ABED – Associação Brasileira do Ensino a Distância que, desde 1995 vem criando os padrões e buscando a excelência desse tipo de prática no Brasil, ter lançado um manifesto se colocando à disposição de quem precisar de ajuda para enfrentar esse desafio. Os empreendedores Bruno Nardon, Tallis Gomes e Alfredo Soares criaram no Gestão 4.0 uma lista de ações que grandes empresas estão adotando como resposta ao coronavírus.
E você? O que tem visto sobre como o coronavírus pode acelerar a revolução na educação?
Conhece casos de professores e instituições que estão fazendo algo bacana?
Comenta aí! #todoscontracovid19
Fontes:
- https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/03/18/unesco-metade-dos-estudantes-do-mundo-sem-aulas-por-conta-da-covid-19.ghtml
- https://ourworldindata.org/global-education
- https://science.sciencemag.org/content/early/2020/03/13/science.abb3221
- https://abcnews.go.com/International/global-impact-coronavirus-education/story?id=69411738
- https://cidadesmaisinteligentes.blogosfera.uol.com.br/2020/03/12/como-uma-cidade-inteligente-reage-durante-a-quarentena-do-coronavirus/