Esqueça as incontáveis planilhas e veja como enxergar o seu negócio de forma simples e prática, pronto para crescer.
Assim como é preciso inovar nos serviços e nos métodos de venda ao cliente, o planejamento financeiro também necessita do ”olhar para o futuro”
“Ano novo, vida nova!” não deve ser uma frase aplicada somente à vida pessoal, mas também ser colocada em prática dentro de uma organização. 2016 não foi um ano fácil para a economia brasileira e, portanto, exigiu muito esforço para contornar os obstáculos.
Para as empresas de seguro, o cálculo atuarial é uma peça fundamental.
Por isso, para 2017, a prioridade máxima é fazer mas se enganam aqueles que imaginam que isso consiste nas antigas planilhas, com diversas informações a serem inseridas e controladas. Assim como é preciso inovar nos serviços e nos métodos de venda ao também necessita do “olhar para o futuro”.
“Muitas vezes os executivos e acionistas o usam para fazer valer suas opiniões e ainda o fazem em cima de dados existentes, que são do passado. No entanto, o futuro cada vez será mais diferente do passado. A tecnologia, as redes e o poder do consumidor vêm alterando Marcelo Pimenta, líder de consultoria da Laboratorium, professor da ESPM e consultor do SEBRAE.
Para isso também é necessário usar ferramentas inovadoras, como o Canvas – um modelo de negócio formado por um quadro simples, de apenas uma folha, mas que permite total visualização do andamento atual dos seus negócios e visão estratégica para o futuro. Dividido em nove blocos interligados, ele possui um modelo visual e dinâmico, com o uso de “postits” marcando suas atividades e novas ideias; assim permitindo mapear, revisar e inovar no seu modelo de negócio.
O Canvas possui dois lados distintos que se complementam.
Os da direita fazem parte do “Quem”: “Proposta de Valor”, que é o que o seu negócio agrega de valor para o cliente, porque ele existe; “Canais de Relacionamento”, que são mídias sociais, TV etc; “Relacionamento com o Cliente”, que nada mais é do que como você usa esse canal para falar com o seu cliente, se é personaliza -do ou automatizado, por exemplo; e, você captura esse valor. Os do lado esquerdo são o “Como”: “Atividades”, cuidar do estoque, contratar funcionários, divulgar etc; “Parceiros”, que são os fornecedores; e “Recursos”, que, unindo todos, vão gerar os custos e despesas.
“Esse jeito de entender os negócios está baseado em três pilares: a prototipação, a colaboração e a empatia. Veja que são conceitos novos. Se já é difícil que se ensine métodos de gestão tradicionais, ensinar novidades como o uso do Canvas é ainda mais raro”, conta Pimenta. Para o consultor, o ensino do empreendedorismo no Brasil ainda é muito restrito e as faculdades não conseguem formar futuros empresários, além de prepará-los apenas para serem empregados e não empreendedores.
O Canvas, para ele, é uma ferramenta que faz parte dessa nova abordagem e é a busca pela inovação contínua. No entanto, Pimenta também admite que cada empresa deve respeitar a sua cultura e experimentar o melhor jeito de se planejar.
“Se uma empresa não estiver atenta ao que está acontecendo, provavelmente vai se igualar a empresas como a Mesbla, a Sears, a Kodak, a Olivetti, a Atari e muitas outras que não conseguiram atualizar seus modelos e entraram para a história como negócios que não importante é estar disposto a fazer diferente, buscar novos métodos e colocar o cliente como o centro das atenções. Para quem deseja conhecer mais sobre o Canvas, é só acessar o vídeo do youtube com a entrevista de Marcelo Pimenta.
Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
Conheça as palestras e cursos que ele oferece e saiba como ele pode te ajudar a inovar.