Marcelo Pimenta

NETFLIX

nteflix

O modelo NETFLIX: uma aula de design centrado no usuário

Atualmente, é bem difícil achar alguém que não conheça a Netflix, aquela empresa pioneira em oferecer um serviço de streaming em que podemos assistir filmes e séries através de qualquer aparelho conectado à internet. Em 2017, a Netflix está completando 20 anos, e comemora seus 104 milhões de assinantes em todo o mundo, além de estar presente em mais de 190 países.

Apesar desses números impressionantes, o que mais me chama a atenção é que a empresa se tornou uma referência, um modelo desejado e imitado por companhias em todo o planeta. Outro dia, li uma notícia sobre o lançamento de um serviço de streaming voltado para esportes, chamado Sportflix. Adivinha só a expressão que usaram, logo no título da matéria? Chamaram o Sportflix de “Netflix dos esportes”. Também o site brasileiro “Meu Sucesso.com”, do qual tenho orgulho de ser professor convidado, se apresenta como o “NetFlix do Empreendedorismo”.

Pois é, esse é apenas um dentre muitos exemplos que mostram que a palavra Netflix deixou de ser só o nome de uma grande empresa, e hoje remete a um padrão, e até a um modelo de negócios. Vai lançar um serviço de streaming de qualidade? Sua empresa sonhará em ser “a Netflix” de determinado setor, ou para determinado público. Vai inovar a forma como as pessoas consomem algum tipo de entretenimento? Sua empresa será como uma Netflix dos livros, por exemplo. Aliás, já existe mais de um “Netflix das músicas” – como o Spotify e o brasileiro Superplayer.

Vale lembrar também que, em 1999, a Blockbuster, então líder de locação de filmes no mundo, mandou a seus acionistas uma carta em que destacava – “A preocupação dos investidores em relação à ameaça das novas tecnologias é exagerada”. E em 2000, a Netflix “se ofereceu” para ser comprada pela Blockbuster, então líder de locação de filmes. A Blockbuster não acreditou na revolução digital e, em 2010, decretou falência.

E qual a lição que podemos tirar do case Netflix? Confesso que são várias, mas vou destacar a adaptação da empresa às mudanças e a valorização do público. Sim, porque ela começou como um serviço de locação de filmes por assinatura, porta a porta, quando ainda nem usava a internet para prestar serviços. Três anos depois, lançou um sistema de recomendação personalizada de títulos, levando em consideração as recomendações dos próprios assinantes. Conforme os anos passaram, a Netflix foi se adaptando, fez sua migração para o mundo digital, até que chegou ao streaming e à atual produção de séries e filmes premiados.

Tá aí um belo exemplo de inovação e dinamismo para o seu empreendimento. Que conseguiu reinventar não só sua empresa, mas todo o mercado em que atuava, através de inovação no modelo de negócio. E você, está de olho nas mudanças tecnológicas de seu mercado? O que está fazendo para inovar no seu modelo de negócio?

Até a próxima!

Esse é o Inovação Com Pimenta, que aborda mais termo que compõe o dicionário descomplicado da inovação. Se você tem alguma contribuição sobre essa palavra, comente em www.menta90.com.br.

Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
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