Marcelo Pimenta

Os robôs humanóides estão cada dia mais incríveis! Até que ponto isso é bom?

Você já deve ter visto o filme Exterminador do Futuro, sucesso de 1984 estrelado por Arnold Schwarzenegger, onde ele volta ao passado no papel de ciborgue com o objetivo de matar Sarah Connor e assim impedir o nascimento de John Connor – que será futuro líder da revolução dos humanos contra o poder dos robôs. Histórias de Hollywood à parte, a empresa Boston Dynamics (que foi comprada pelo Google em 2013) vem se dedicando a criar robôs humanóides cada vez mais inteligentes, fortes e preparados. O objetivo da empresa é conseguir desenvolver tecnologia que permita que os robôs possam fazer tarefas repetitivas – assim como para desafios impossíveis ou que colocam em risco a vida humana (como um resgate no meio de um incêndio, por exemplo).  O vídeo abaixo mostra o estágio de evolução da pesquisa, onde o robô já demonstra força, equilíbrio, precisão e capacidade de adaptabilidade.

Se por um lado é uma vitória da mentalidade criadora – engenharia, computação, design, robótica – por outro temos que nos perguntar: onde isso pode chegar? Não só devido ao aumento do desemprego, mas principalmente devido a questões de que os computadores podem sim ficar mais “inteligentes” que os humanos.

Veja essa humanóide apresentada no  SXSW semana passada, em Austin. Sophie aprende, sofre, tem expressões faciais… Veja o vídeo, é impressionante:

Mas como tudo na vida tem dois lados, há que se ponderar as reflexões feitas sobre possíveis limites para essas pesquisas. No vídeo abaixo, o conceituado físico Stephen Hawking é taxativo (aos 4´55″): “os robôs superarão a inteligência humana em algum ponto nos próximos 100 anos. Quando isso acontecer, é preciso garantir que os interesses dos robôs estejam alinhados aos interesses nossos”. Ele traz a público a ameaça de que os robôs, sim, podem acabar com a humanidade. O vídeo está em inglês mas é possível configurar para que ele tenha legendas.

Se por um lado a robótica assusta, por outro emancipa e liberta.  Vem do Recife a iniciativa da Robô Livre, que defende e pratica a inclusão social pela robótica, como conta meu amigo Henrique Foresti, nessa palestra do TEDxLaçador.

https://www.youtube.com/watch?v=9wxS6T8vicA

A experiência da Robô Livre mostra como a robótica pode fazer inclusão, gerar emprego, criar oportunidades para um juventude que quer ser protagonista desse mundo “maker”. A tecnologia é uma “invenção” do homem. Vamos aperfeiçoá-la sempre de olho para que ela aumente a harmonia entre o humano e a natureza – e não o contrário.

Por Marcelo Pimenta (Menta90). Jornalista, professor e criador do blog Mentalidades.
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