Marcelo Pimenta

Três lições aprendidas com os Dois Papas para o ano novo

Três lições aprendidas com os Dois Papas para o ano novo

Apesar do “recesso”, eu não pude deixar de fazer algumas reflexões e que quero compartilhar aqui com vocês.

Quem já assistiu o filme “Dois Papas” de Fernando Meireles, por favor, me digam se tiveram os mesmos insights, ou se entendi algo de forma equivocada. Já, quem não assistiu, talvez sirva de incentivo para que vejam – esse que talvez tenha sido o filme mais importante para mim em 2019.

Também gostaria de registrar que é preciso, na minha opinião, ver a obra da forma como deve ser visto, como uma peça de ficção – não como um documentário ou uma reprodução da verdade, mas como uma bela estória baseada em fatos reais.

Vamos então às Três lições aprendidas com os Dois Papas para o ano novo:

1) Os brasileiros são tão geniais quanto qualquer outro.

Nem mais, nem menos. O filme de Fernando Meirelles é um primor de direção, roteiro, fotografia, trilha, edição. Uma obra-prima. E no ano que tive a oportunidade de conhecer Israel, Egito, Índia além de outros cantos do Brasil que ainda não conhecia, estou cada vez mais convencido de somos mesmo é Homo Sapiens. Aliás, essa coisa das fronteiras, como bem ensina Yuval Hahari, é uma bela de uma enganação.

Somos os mesmos. As leis, os sistemas de ensino, as religiões servem como uma amálgama para consolidar culturas, porém as diferenças entre quem mora em Livramento e Riveira ou na fronteira da Índia com o Paquistão são menores do que imaginamos.

Portanto não deixem que nos rebaixem ou que nos idolatrem, somos humanos. Concordam com essa afirmação?

2) “O mais difícil é escutar”.

Essa frase foi dita no filme sob o contexto de ouvir a voz d’Ele. Porém, para mim essa frase foi entendida de diferentes maneiras:

  • da dificuldade do Papa Bento XVI ouvir e entender o mundo;
  • da dificuldade de diálogo entre Bergolio e Ratzigel;
  • da dificuldade de diálogo entre nossos pensamentos e seu “atman” (a palavra que aprendi na Índia que em sânscrito sig nifica “alma” que é o que temos em comum com o Sagrado, o Divino, Deus, ou o nome que você preferir dar).

Os insights do filme se misturam na minha cabeça com a dificuldade de termos “escuta ativa”, ou seja, de controlar nossos pensamentos para que deixem de tentar responder aquilo que ouvimos, para adotarmos uma postura empática de entender antes de sermos entendidos.

Você concorda com isso… que é difícil escutar?

3) Mudar e fazer concessões são diferentes.

Acredito que devemos conhecer e viver nossos valores. Mas mesmo eles são como nos ensinou Raul Seixas, uma metamorfose ambulante.

Eu tenho dito àqueles com quem não têm convivo comigo nos últimos anos: “Permita-me me reapresentar pois eu mudei tanto a ponto de muitas vezes nem me reconhecer. Claro que continuo sendo o mesmo, mas numa nova versão. Com um sistema operacional totalmente reescrito e atualizado.

Feita essa confissão, pergunto: Quais os limites das concessões? Pois, se nos tornamos intransigentes a ponto de não fazer concessões, não nos permitiremos experimentar novas visões. Confesso que mudei, pois me permiti fazer concessões. Me concedi a possibilidade de ouvir mais, experimentar novas sensações, ler livros que não leria, admitir pensar e conhecer ideias que sempre havia refutado. E você quanto você mudou nesse ano? Nesse último mês?

Aguardo vossos comentários sobre os Dois Papas e te desejo um ótimo ano. Em que você conceda a você mesmo a chance de experimentar. Pois se você se afeiçoar com a novidade, esse é o caminho para pavimentar as mudanças que você quer ou precisa. Feliz 2020!

 

Para você que quer desenvolver ainda mais a sua mentalidade criativa,eu te indico o texto “7 abordagens para você organizar palestras que promovem, incentivam e disseminam a inovação“.

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