Marcelo Pimenta

Diversidade, espiritualidade, cores e sabores: o que a milenar Índia nos ensina

Diversidade, espiritualidade, cores e sabores: o que a milenar Índia nos ensina
Marcelo Pimenta entrevista Leila Navarro

Preparando sua viagem para Índia, onde participará no Simpósio Global sobre “Cidades Inteligentes Resilientes a Desastres”, de 4 a 6 de dezembro de 2020, Marcelo Pimenta entrevista a poderosa Leila Navarro. Ela é uma das principais palestrantes do Brasil, premiada, autora de vários livros que são best-sellers e uma estudiosa da cultura indiana, para onde já viajou várias vezes.

Nessa conversa, Menta e Leila falam sobre o sistema das castas, a diversidade, as massagens, os temperos esse país cheio de história e magia.

O objetivo desse conteúdo é responder a pergunta “O que a milenar Índia pode nos ensinar?” E assim vamos entender de que forma todo o legado de espiritualidade, sabores, cheiros, cultura, história indiana pode inspirar nossa mentalidade.

ENTREVISTA

Marcelo Pimenta: Leila, o que a Índia representa para você?

Leila Navarro: A Índia para mim é como se fosse um lugar fora da Terra, pois é um país tão diferente do nosso cotidiano que me provoca internamente e me faz refletir muito na vida.

A Índia é muito mais diferente do que os demais países da Ásia, pois lá existem as castas, e essa é uma realidade que ainda nos toca muito profundamente.

MP: Por falar em castas, o que mais te chama atenção nisso? Nos conte um pouco sobre a religião, alimentação e sobre o mindset deles.

LN: Uma coisa que eu observei lá e eu discuto muito é sobre a felicidade, pois é um país onde as pessoas têm olhos brilhantes, mesmo diante de uma pobreza muito grande. E apesar dessa pobreza, não consigo ver neles a miséria. Por isso, não os chamo de miseráveis, porque eles têm uma riqueza interior tão grande e forte que não nos passa uma vida de miséria.

Eles valorizam muito a espiritualidade e este é um valor tão presente, que essa é a única riqueza que lhes importa na verdade. A espiritualidade deles é quase que material, pois tudo o que eles vivem é levado para o lado espiritual. Então é algo bem prático.

E também, eles valorizam muito também as suas origens. Por exemplo, as crianças de castas mais baixas podem até ser adotadas por famílias americanas ou européias, mas estas famílias precisam se comprometer em levar os filhos adotados para o país de origem ao menos uma vez por ano, para que estes não percam a essência.

MP: E a alimentação… as vestimentas, como são?

LN: Eu gosto muito mesmo é das massagens! A Índia é uma país feminino. E digo isso porque eles valorizam o toque, os óleos com os aromas e muitas cores, e isso nos remete a uma leveza e a uma cultura cheia de detalhes.
Então eu já fiz várias massagens lá, mas tem uma que é ótima e que é feita a quatro mãos. E como eu sou fisioterapeuta de formação e reconheço a terapia corporal como algo bom, pois antigamente eu já dizia, ensinava e aplicava muito sobre isso, eu adorei e foi muito boa para mim.

A alimentação lá é vegetariana e quando eu acompanho as pessoas em viagens para lá, eu as aconselho a irem e experimentarem mesmo que não gostem muito, pois viajar não é apenas ir e olhar, mas vivenciar um pouquinho da cultura do lugar. Mas é uma alimentação interessante cheia de misturas e especiarias que eu reconheço que pode não agradar muitos.

Agora, uma dica grátis e super interessante, na Índia você pode ir nos casamentos, ver como são feitos e tenho certeza que vão achar interessante. Porque lá no país deles todo mundo casa em dias específicos, pois são datas que seguem a astrologia e por isso são poucas datas num mês que se podem casar. Assim, acontecem vários casamentos numa data só, é super interessante!!!

As profissões também são muito interessantes. Pois, por exemplo, se você quiser ser médico, mas não for da casta dos médicos, você não pode exercer essa profissão. Por isso muitos dos indianos saem do país para estudar fora, já que fora do país deles, poderão estudar e se formar no que quiserem.

MP: Para terminar, o que mais se transformou em você depois das suas idas à Índia?

LN: Eu acho que o que mais aprendi com os indianos é entender, aceitar e respeitar a diversidade, porque eu acho que se alguém vai para Índia para ficar comparando a cultura deles com a nossa, não entende o que é a diversidade. E lá a diversidade é como é, ou seja, ninguém tenta mudar o que é e nem o que o outro é.

MP: Que bom você ter compartilhado toda essa experiência com a gente. Mas para encerrar, nos fale sobre o novo projeto no Stand Up Comedy.

LN: Então, esse ano eu fui para Israel, e como o Marcelo Pimenta sabe, eu estava numa crise existencial, pensando se realmente eu seria palestrante o resto da minha vida. Mas lá eu conheci vários profissionais do Stand Up Comedy e agora estou experimentando esse novo ramo. E esse novo projeto, chamado “A poderosa sou eu”, será lançado dia 09/12/2019, e em março de 2020 eu estarei numa turnê.

Esse projeto é minha forma de dizer que eu posso dar de tudo, e que tudo o que eu puder fornecer de conteúdo e de experiências ao meu público, eu quero oferecer da melhor forma.

Saiba mais

Para saber mais sobre Leila Navarro acesse www.leilanavarro.com.br.

E para ouvir a entrevista na íntegra, você pode clicar aqui abaixo ou então seguir nas plataformas digitais (Spotify, Podbean, Google Podcasts ou iTunes):


Um pouco sobre o Simpósio Global sobre “Cidades Inteligentes Resilientes a Desastres” – na Índia

Este evento é uma promoção do Centro Especial em Pesquisas sobre Desastres da Jawaharlal Nehru University, de Nova Delhi. E Marcelo Pimenta vai ministrar a palestra “Criatividade para salvar vidas”. Onde vai falar da importância de estimular a mentalidade inovadora para superar desastres como o que tivemos no Brasil em Mariana e Brumadinho.

Além da palestra e do mergulho na cultura indiana, o professor vai conhecer iniciativas inovadoras em educação para o empreendedorismo em Nova Delhi. E também irá aprofundar suas pesquisas na relação entre a meditação e a inovação.

E para acompanhar a rotina do Marcelo Pimenta, inclusive a viagem à Índia, continue acessando este blog e siga-o nas redes sociais:

 

Se quer uma forma de desenvolver ainda mais a mentalidade criativa, leia o texto “7 abordagens para você organizar palestras que promovem, incentivam e disseminam a inovação“.

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