Marcelo Pimenta

9 passos para você inovar de forma descomplicada

inovar de forma descomplicada

A inovação vem se tornando cada vez mais importante para os negócios, os profissionais e até na nossa vida pessoal. Quem não inova, morre, fica para trás, é esquecido, substituído ou engolido pela concorrência. Então se você quer saber como inovar na sua empresa ou na empresa que você trabalha de forma descomplicada e está perdido, acompanhe esse texto e liberte-se dessa posição, pois existe como inovar de forma descomplicada!

Lembre-se: aqueles que conseguem inovar gerando valor para os seus clientes, conquistam metas e até patamares não imaginados, tem vantagem competitiva, relevância no mercado, são lembrados pelos clientes, atraem possíveis clientes – e claro, tem um saldo positivo no fim do mês!

Porém, cada empresa tem um porte, perfil e cultura e nem todas podem inovar da mesma maneira.

Existem peculiaridades para inovar em grandes empresas, como abordado no post sobre o livro “Transformação Radical”.

Também é possível criar uma cultura de inovação em todo tipo de empresa, como você pode conferir no meu bate papo com a Guta Orofino, que mostra que inovação não é só para “gente grande”, e como inovar de forma descomplicada.

Nesse post, vamos descomplicar uma forma genérica de um processo de inovação – pois o importante é inovar, independente do seu tamanho!

Os 9 passos para inovar de forma descomplicada

inovar de forma descomplicada

1. Identifique quem é seu cliente e o que ele deseja

Esse é o primeiro passo para inovar de forma descomplicada. Você criou uma ideia para um produto ou serviço que tem certeza que será um sucesso. Agora, aqui está a pergunta mais importante: quem é seu cliente? Essa ideia é compatível com ele?

A verdade é que, o entendimento sobre quem é o cliente, precede qualquer ideia de produto ou serviço. 

Ao identificar e compreender seus clientes, você pode avaliar suas necessidades e determinar se seu produto ou serviço atenderá a essas necessidades (e, se aplicável, como seu produto ou serviço é melhor do que a concorrência).

Não tem como inovar na empresa se você nem sabe para quem é essa inovação, seus desejos, suas necessidades, seus problemas – portanto, mãos à obra nessa parte!

Aqui vão algumas dicas que você tem que ter em mente quando for identificar seu cliente:


Vivemos no mundo BANI

BANI é um acrônimo composto pelas palavras ‘frágil’ (Brittle), ‘ansioso’ (Anxious), ‘não linear’ (Nonlinear) e ‘incompreensível’ (Incomprehensible), e utilizado para descrever o mundo que vivemos hoje.

 

Eu já falei bastante sobre esse conceito aqui no blog, e sugiro que, caso queira entender mais a fundo o mundo BANI e como ele afeta a sua vida e seus negócios, leia esse artigo: 

 

Todas essas características do mundo BANI devem ser levadas em consideração na hora de pensar no consumidor atual, que demanda mais, tem pressa, enxerga sua importância no mundo e deseja ser tratado como único, é ansioso, desconfiado e busca compreender e ter informações sobre aquilo que lhe é apresentado, para sentir-se no controle em meio a esse mundo BANI.

 

Algumas dicas para lidar com o consumidor do mundo BANI são:

  • Não ofereça opções demais: o consumidor do mundo BANI já é demasiadamente ansioso, e ele não quer ter que escolher entre mil opções. O mundo BANI já oferece uma sobrecarga de informação e dúvidas no dia a dia, portanto, facilite a vida do seu consumidor.
  • Segurança: a fragilidade do mundo BANI gera uma necessidade do sentimento de segurança por parte do consumidor. Em um mundo onde a volatilidade dos negócios e das relações é tão alta, onde muitas barreiras de entrada são baixas e as opções são enormes, o consumidor se sente perdido e inseguro. Trabalhe a segurança nas suas soluções, mostrando solidez, depoimentos, garantias, etc.
  • Informações objetivas e transparentes: seguindo o raciocínio dos pontos anteriores, é preciso atenuar a característica de incompreensibilidade do mundo BANI, de forma coerente com a necessidade de não despertar a ansiedade do consumidor e preservar sua segurança. Para isso, é indicado ser objetivo e transparente com as informações acerca do seu negócio, produto e como este ajuda o consumidor.
  • Celeridade: a ansiedade do consumidor do mundo BANI requer celeridade em todos os pontos de contato. Soluções práticas, atendimento ágil, caminhos facilitados, mentalidade centrada no cliente, objetividade e um bom design de experiência do usuário são as palavras chave de sucesso.
  • Personalização: os conceitos de experiência do usuário e “customer centricity” se tornam ainda mais necessários no mundo BANI. Leia os conteúdos listados a seguir e saia na frente da concorrência encantando seu cliente:

 

 

O Design Thinking é a chave para entender o consumidor e criar soluções que realmente encantem e vendam

A melhor abordagem para entender quem é o seu consumidor, o que ele precisa e está disposto a pagar, que pode ser executável de forma rentável dentro da sua empresa é o Design Thinking.

O design, em uma visão de negócios, pode ser definido como desenhar o caminho entre a incerteza, o desconhecido, até a clareza, o resultado e o lucro.

Design thinking, ou “modo de pensar do designer” é uma abordagem para a inovação, que permite trilhar esse caminho, fornecendo o passo a passo para a descoberta e a solução de um problema, através de 4 etapas essenciais para qualquer projeto: pesquisa, definição, desenvolvimento e implementação.

 

etapas do Design Thinking

 

Seu diferencial é ser centrado no desenvolvimento do processo das necessidades e desejos do ser humano.

Essa abordagem busca entender o que é desejado pelo consumidor e que ao mesmo tempo seja financeiramente viável e possível de ser produzido com a tecnologia existente, de forma equilibrada, para entregar valor a esse consumidor de forma perceptível. 

 

Os três pilares do Design Thinking

 

Isso tudo é feito de forma colaborativa, entendendo que, com múltiplos pontos de vista, a solução é mais robusta e à prova de rejeição e falhas. 

Para saber como aplicar o Design Thinking na sua empresa, leia o artigo:

Nessa etapa, indico fazer um mapa de empatia, uma ferramenta descomplicada para entender o seu cliente ou usuário final do seu produto ou serviço. 

O mapa de empatia é uma atividade que registra o entendimento sobre quem é o consumidor, quais seus hábitos e preferências. E  pode ser realizada com as partes interessadas, marketing e vendas, desenvolvimento de produto ou equipes criativas para construir empatia para os usuários finais / clientes. 

Uma sessão de construção coletiva do mapa de empatia é um ótimo exercício para grupos “entrarem na cabeça” dos usuários. Criar uma solução eficaz requer a compreensão do verdadeiro problema e da pessoa que o está enfrentando. O exercício de criação do mapa ajuda os participantes a considerarem as coisas da perspectiva do usuário, juntamente com seus objetivos e desafios.

 

2. Identifique oportunidades de inovação

O próximo passo de como inovar na empresa é descobrir quais são as suas oportunidades, através da ferramenta de oportunidades de inovação. 

Oportunidades de inovação é uma ferramenta para inovação que sintetiza uma situação problema.

O objetivo dessa técnica é identificar uma situação apenas, que seja específica e que possa ser atendida e que traga benefícios para o negócio – mesmo que não se resolva todos os problemas numa única vez, mas é dando um passo de cada vez que se inova.

Você fazer conforme modelo abaixo num post-it ou qualquer folha de papel.

inovar de forma descomplicada

inovar de forma descomplicada


Exemplos:

Situação problema #1

Uma pessoa que trabalha em um local com uma cafeteria tem a seguinte reclamação:

“Não me alimento na cafeteria do trabalho pois a comida servida lá é sempre muito pesada, com pão ou fritura, e o que tem de mais saudável são alimentos industrializados.”

  • O problema identificado é a falta de opções saudáveis que sejam frescos e naturais.
  • A oportunidade de inovação identificada é oferecer opções frescas, saudáveis e naturais.


Situação problema #2

Um aluno de administração tem a seguinte reclamação:

“Vou terminar o meu curso em breve e sinto que não sei quase nada sobre inovação e empreendedorismo. Gostaria de saber como ser inovador na atualidade, na prática, como as startups fazem.”

  • O problema identificado é a sensação de falta de entendimento prático de inovação e empreendedorismo.
  • A oportunidade de inovação identificada é agregar valor ao curso e a formação dos alunos oferecendo palestras, workshops, trabalhos práticos, visitas à empresas, por exemplo.

Outra forma essencial de identificar oportunidades de inovação é sempre acompanhar tendências. 

As tendências de mercado mostram comportamentos observados em diferentes áreas: comportamento do consumidor, comportamento econômico, novas tecnologias, políticas, nichos e muito mais.

Observar sempre essas tendências, seja por via de relatórios ou pesquisa, é essencial para empresas e empreendedores que desejam sair na frente, manter a competitividade e conquistar e encantar velhos e novos clientes, permitindo analisar possíveis rumos que serão tomados em diferentes áreas, alinhamentos sócio comportamentais, adoção de novas tecnologias que podem ser complementares a produtos, processos ou desenvolvimento de novas ideias. 

Cada tendência é uma oportunidade: seja de ajustar seu negócio, explorar novos mercados, se precaver sobre mudanças que impactam seu mercado negativamente, buscar novas parcerias ou desenhar soluções complementares ou de vanguarda que agradem as novas configurações que o mundo aponta. Fique de olho!

Aqui está um artigo sobre tendências para os próximos anos que é essencial conferir: 

Além disso, eu sou o único brasileiro representante no no fórum de Inovação Mundial, a NetExplo em Paris que, com o apoio da Unesco, identifica todos os anos as principais inovações digitais que afetam a sociedade e revelam as maiores tendências mundiais. 

Estou, também, sempre viajando no Brasil e no exterior em busca das melhores tendências, e atualizações constantes para trazer sempre o melhor e mais atual de tudo que acontece no cenário mundial. Minha última viagem foi para a Expo2020 de Dubai (que ocorreu em 2022, devido a pandemia), onde atuei inclusive como palestrante. 

Com essa facilidade de acesso às maiores tendências do Brasil e do mundo, sempre trago aqui para o blog informações valiosas, que você deve ficar de olho. Que tal se inscrever na minha newsletter e não perder nenhum desses conteúdos?

3. Identifique recursos / empodere

Agora é hora de identificar os recursos que você dispõe para dedicar à inovação. 

Avalie como é póssível  criar uma iniciativa com um responsável. Pode ser um projeto, um programa (conjunto de projetos), uma área, uma coordenadoria. Siga o fluxo e a estrutura já existente na sua organização! É de grande importância escolher as pessoas certas para isso, e empoderá-las. Deixe claro na sua organização quem é o responsável pela iniciativa e quais seus limites (onde começa e até onde vai o escopo da iniciativa).

Nesse momento é importante definir com quais recursos a iniciativa vai ter. E essa decisão também tem que ser levada em consideração junto a definição de qual o prazo para a finalização do projeto. Normalmente prazos mais curtos exigem equipes maiores e com mais dedicação. Por isso, seguem algumas perguntas para você considerar:

  • Qual o prazo do projeto? O que se espera ao final dele? Uma ideia de solução? Várias ideias de solução? Uma solução testada (a ser implementada)?  A solução já implementada?
  • Será possível  dispor do tempo dos colegas? Quanto tempo?
  • Será possível  dispor do tempo de colegas de outras áreas? Quanto tempo? A gerência da outra área está ciente e concorda/apoia?
  • Teremos recursos financeiros? Poderemos contratar pessoas, serviços, softwares e equipamentos para serem utilizados no projeto? Quanto? Quem terá autonomia para o uso desses recursos?

4. Escolha estratégias 

Utilizar estratégias para a inovação consiste em fazer uma escolha mais bem fundamentada entre uma série de opções viáveis. 

Aqui, não existe melhor ou pior, existe a que se adapta mais a você e ao seu negócio. 

Existem várias estratégias para a inovação. E você pode lançar mão delas em diferentes situações, dependendo do que está acontecendo. Confira algumas que já falamos sobre aqui no blog:

5. Escolha ferramentas 

Utilize ferramentas para inovação. Elas ajudam a organizar ideias, abrem espaço para que colaboradores se integrem mais no processo e direcionam ideias de forma inteligente e embasada.

Além das ferramentas já citadas neste post, existem várias outras. 

  • Brainstorming
  • Matriz de priorização
  • Mapa visual da solução
  • Diagrama de afinidades
  • Canvas de modelo de negócio
  • 5H2W
  • SWOT
  • Canvas de proposta de valor

[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=RDyBhn1se60[/embedyt]

E muito mais! Para saber mais sobre o assunto, você pode baixar GRATUITAMENTE o livro Ferramentas Visuais para Estrategistas clicando aqui!

6. Acompanhe cronograma e responsabilidades

Não adianta ter boas ideias se não se tem um time e processos adequados para executá-las – uma ideia sem execução não vale de nada!

E acredite: processos podem te ajudar a ser inovador. Eles tiram as ideias do papel e as fazem tomar forma.

Portanto, agora que já escolheu as melhores estratégias, ferramentas, time e recursos, faça acontecer, delegando a cada um a sua responsabilidade dentro do projeto de inovação e acompanhe o cronograma! 

 

7. Teste e aprenda

Inovação na teoria, no papel, não é inovação. Só é inovação aquilo que gera valor percebido portanto é hora de testar todas as escolhas que fez até aqui e validar sua abordagem.

Dúvidas são comuns em processos inovadores. E a melhor forma de lidar com elas é construir hipóteses (priorizando impacto esperado x dificuldade de implementação x riscos) e testar na prática, descartando o que não funciona e implementando o que funciona.

Devo ressaltar: quem quer ser inovador deve ter tolerância ao erro, mas esse erro precisa ser calculado e deve gerar aprendizado!

Para inovar, é preciso estar em constante aprendizado.

8. Melhore

A inovação não é algo esporádico: é contínuo! 

Você deve estar sempre buscando inovar, e com cada teste e aprendizagem vem a oportunidade de melhorar e lapidar cada vez mais a sua empresa para uma cultura de inovação que gera valor para os seus clientes!

9. Considere pedir ajuda

Está sentindo dificuldades em inovar, estagnado em implementar, perdido no meio de processos, ferramentas e estratégias?

Então considere pedir ajuda – pois o importante é inovar! 

Se acha a inovação complicada, então entre em contato comigo sem compromisso para ver em que eu posso te ajudar – descomplico a inovação e sou professor, palestrante, empreendedor, escritor e especialista em inovação há 20 anos!

Estou aqui para ajudar e apoiar VOCÊ a recuperar sua confiança criativa e inovar nos seus negócios, projetos e na sua própria vida, e inovar de forma descomplicada!

Clique aqui para entrar em contato!

Nós podemos te ajudar com palestras, na construção e condução de workshops baseados em design thinking e também com a imersão INOVAÇÃO NA PRÁTICA. Clique nos links para saber mais.

Postado por Marcelo Pimenta

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