Marcelo Pimenta

Innovation Skills: quais as habilidades necessárias para ser um profissional inovador?

O mundo de hoje exige que você seja um profissional inovador. 

A criatividade e a inovação têm sido destacadas como competências essenciais para o século XXI, especialmente se considerarmos que ambas as competências podem promover o potencial humano ao suscitar aspectos positivos do indivíduo.

Inovação é a capacidade de gerar ideias que criam valor e melhoram processos, desde a invenção de uma máquina até encontrar um caminho mais rápido para o trabalho. 

Ter habilidades de inovação é um ativo no local de trabalho porque elas permitem que você resolva problemas e avance o conhecimento em sua área. Investir em suas próprias habilidades de inovação pode ajudá-lo a se tornar mais competitivo e promover o sucesso de sua carreira e negócios. 

Ser inovador, ou inovar, é uma habilidade como qualquer outra. Todos nós podemos desenvolver nossas Innovation Skills com um pouco de prática.

Neste artigo, exploro algumas das principais habilidades envolvidas na inovação, as habilidades que dão suporte e potencializam as Innovation Skills e o que você precisa para chegar lá!

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Os tempos mudaram, e o profissional do futuro precisa se desenvolver

Quem me acompanha, já é familiarizado com o conceito de mundo BANI, utilizado para descrever o mundo atual em que vivemos.

Em resumo, na década de 80, depois da guerra fria, por estrategistas militares da United States Army War College (USAWC)  e finalmente se espalhou no mundo dos negócios nos últimos 20 anos.

O mundo VUCA é uma maneira simples de descrever uma situação de mundo complexo por meio de quatro elementos principais:

  • V – Volatilidade: falta de estabilidade e previsibilidade.
  • U – Incerteza: falta de capacidade de prever quais mudanças importantes podem vir.
  • C – Complexidade: o mundo se movendo de maneiras que os especialistas nunca viram antes.
  • A – Ambiguidade: problemas em entender qual é o melhor curso de ação.

Durante o mundo VUCA, vimos crescer a conectividade e a digitalização, e isso trouxe uma aceleração pro mundo. Essa aceleração continuou até um ponto que o VUCA já não era o suficiente para explicar esse mundo. Então, veio o mundo BANI.

O mundo BANI é Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível. Ele não é algo que SUBSTITUI o mundo VUCA, mas sim uma EVOLUÇÃO dele.

  • As tantas mudanças do Volátil de VUCA trazem uma configuração de estruturas Frágeis.
  • As Incertezas se tornaram tamanhas, que somos cada vez mais Ansiosos. 
  • A Complexidade deu lugar à Não-Linearidade – não sabemos de onde as coisas chegam e para onde elas vão. 
  • A Ambiguidade, a dúvida do que é ou não é, passa a se tornar Incompreensível.

Todas essas mudanças nas relações e formas de trabalhar e fazer negócios que você está vendo hoje, não são devidas à pandemia. A realidade é que, tudo isso já vinha acontecendo a um tempo, e a pandemia apenas acelerou este processo. 

Compreender o mundo BANI nos ajuda a ter melhores resultados nos negócios e empreendimentos, a lidar melhor com nossos colaboradores, inovar assertivamente e gerar valor para o cliente e melhorar nossas relações com as pessoas, com os desafios e com nós mesmos, afinal, é através da compreensão do mundo e de como ele influencia as pessoas e suas demandas que podemos ter soluções eficazes. 

Nesse cenário, o que o profissional inovador atual precisa ter? Vai além das habilidades técnicas. Na configuração do mundo hoje, é preciso ser inovador, e para se tornar inovador, precisa-se desenvolver uma série de habilidades.

Quando falamos sobre habilidades profissionais, classifico-as em:

  • Soft Skills.
  • Hard Skills.
  • Inner Skills.
  • Innovation Skills.

Comumente, falamos de hard e soft skills, mas existem também as inner skills. Já as Innovation Skills (focadas para inovação) podem estar em qualquer uma delas (soft, hard ou inner), ou ter pré-requisito de algumas outras para se desenvolverem. Por isso é preciso saber sobre o tema. 

Entenda mais sobre a seguir, para se tornar não só melhor e mais competitivo, mas um profissional inovador:

Entendendo os diferentes tipos de habilidades profissionais

Para entender o que é preciso para se tornar um profissional inovador, um profissional adequado às demandas de AGORA e do futuro, saber quais as habilidades que devem ser treinadas e desenvolvidas, o primeiro passo é compreender o que são habilidades profissionais (skills).

profissional inovadorVamos entender melhor então! 

Hard Skills 

Habilidades técnicas. São aquelas que você costuma colocar no currículo, como:

  • Fluência em idiomas;
  • Certificações e diplomas;
  • Conhecimentos em informática (Excel, Word, Power point, etc.);
  • Capacidade de operar determinadas máquinas e sistemas;
  • Programação;
  • Velocidade de digitação;
  • Entre outras.

São habilidades ou capacidades específicas que um indivíduo pode possuir e demonstrar e que podem ser medidas. Possuir uma hard skill conota maestria e experiência dentro do indivíduo para realizar uma tarefa específica ou uma série de tarefas para completar um trabalho.

Soft Skills

Habilidades interpessoais ou socioemocionais. São aquelas que falam sobre a desenvoltura de um indivíduo com o seu ambiente, como:

  • Falar em público;
  • Trabalhar em equipe;
  • Inteligência emocional;
  • Empatia;
  • Comunicação;
  • Liderança;
  • Entre outras.

São características ou capacidades quase impossíveis de quantificar ou medir de maneira objetiva. Portanto, julgar as soft skills de alguém é um exercício subjetivo.

As soft skills estão com tudo, sendo as mais procuradas nos profissionais na atualidade. 

Inner skills

Habilidades internas. Aquelas que você independe do outro para desenvolver. Alguns exemplos são:

  • Disciplina;
  • Consciência;
  • Autoconsciência;
  • Desapego;
  • Percepção;
  • Concentração;
  • Equilíbrio;
  • Gratidão;
  • Energia pessoal (intensidade).

Você provavelmente já ouviu falar de soft e inner skills, mas dificilmente de inner skills, correto? Isto é porque realmente existe muito pouco sobre elas. 

Apesar de serem habilidades conhecidas (algumas delas até colocadas como soft skills), a visão sobre essas características, comumente associadas à pessoalidade, como habilidades profissionais que podem ser desenvolvidas e melhorar o nível de um profissional, é nova.  

A necessidade de classificação e diferenciação das inner skills se deve ao fato que a aplicação de treinamentos tradicionais para o desenvolvimento de habilidades (tanto soft quanto hard) pode, por vezes, não atingir os resultados desejados. E isso está relacionado ao baixo desenvolvimento de alguma inner skill. O ‘’gap’’ no aprendizado e desenvolvimento pode ser corrigido por ações direcionadas ao desenvolvimento de uma ou mais inner skills. 

Portanto, conhecer e compreender as inner skills é necessário para estratégias de desenvolvimento pessoal e profissional mais assertivas.

O maior pesquisador e divulgador sobre inner skills no Brasil é meu amigo Marcelo de Elias, que é palestrante especialista em mudanças e professor da FGV, Fundação Dom Cabral e Franklin Covey.

E eu convidei ele para um bate papo sobre o tema, para trazer mais clareza sobre o assunto para todos vocês. Você pode acessar essa conversa na íntegra lá no meu canal do YouTube, clicando aqui, ou continuar lendo, pois abordarei alguns pontos principais dessa conversa mais para frente neste artigo.

Innovation skills

Habilidades necessárias para que a inovação aconteça e para ser um profissional inovador.

  • Criatividade, habilidades de resolução de problemas e melhoria contínua: atitudes e comportamentos necessários para enquadrar e resolver problemas e gerar ideias.
  • Habilidades para avaliar riscos e capacidade de assumir riscos: atitudes e comportamentos necessários para assumir riscos calculados e ser intraempreendedor.
  • Habilidades de construção de relacionamento e comunicação: atitudes e comportamentos necessários para desenvolver e manter os relacionamentos interpessoais que apoiam a inovação.
  • Habilidades de implementação: atitudes e comportamentos necessários para transformar ideias em estratégias, capacidades, produtos e serviços.

profissional inovador

Innovation Skills são as habilidades críticas que os líderes e seus colaboradores precisam para contribuir com o desempenho de inovação de uma organização – habilidades necessárias para produzir estratégias, capacidades, processos e serviços novos e aprimorados.

Essas habilidades são altamente valiosas ao navegar por situações mutáveis, incertas ou complexas, e são essenciais para a sustentabilidade de uma organização a longo prazo. Eles permitem nossa capacidade de responder criativamente, se adaptar, transformar e crescer.

Qual a relação entre essas habilidades e o que é necessário para se tornar um profissional inovador?

As Innovation Skills são compostas por Soft, Hard e Inner Skills que são fundamentais para ser um profissional inovador, possuindo uma relação entre elas. Uma Hard Skill hoje habilita uma Soft Skill e vice versa. 

  • A Inner Skill “Criatividade” é também uma Innovation Skill, mas a criatividade é sozinha e não gera valor, enquanto que a inovação tem que gerar valor, precisa de colaboração.
  • A Soft Skill “Trabalhar em equipe”, por exemplo, é uma habilidade que torna um profissional mais inovador, pois, para a inovação acontecer no contexto de, digamos, um produto, é um processo colaborativo. Portanto, boas habilidades em trabalhar em equipe, colaboram para que o profissional seja mais inovador. 
  • A Hard Skill “Conhecimento em Inteligência Artificial” permite que o profissional tenha mais fluência tecnológica, visão e capacidade de aplicação de inovações dentro da configuração do mundo atual.
  • A Inner Skill “Coragem” amplifica a capacidade de correr riscos, de expor ideias, de pensar fora da caixa,  que são necessárias para qualquer um que queira inovar.

Portanto, entenda as Innovation Skills como um recorte preciso de Hard, Soft, e Inner Skills orientadas a inovação, levando em conta o cenário atual do mundo (confira mais sobre no meu artigo sobre o mundo BANI) e nas demandas vigentes, para assim gerar valor. 

Para que você saiba ainda mais sobre o assunto, vou compartilhar alguns pontos do bate papo que tive com a Adriana Loch, lá no meu canal (que você pode assistir na íntegra clicando aqui).

Adriana é administradora pós-graduada em Consultoria Empresarial e Gedista do Programa Psicologia Aplicada a Negócios, coordenadora de Educação e Cultura da BPW Florianópolis, diretora da Clarius, facilitadora líder e entrevistadora do EMPRETEC, consultora e palestrante credenciada do SEBRAE. 

Confira o que ela tem a dizer sobre o tema:

Soft skills para inovação com Adriana Loch

Como foi que você percebeu a importância das Soft Skills?

Adriana Loch: Percebi, no exercício da minha carreira, que quando os donos do negócio estavam bem, o negócio ia bem. Foi aí quando entendi que não bastava entender apenas de empresas, mas também de pessoas. Decidi então fazer uma pós em psicologia aplicada a negócios

Qual a sua visão sobre a necessidade de se tornar um profissional mais inovador?

Adriana Loch: A Inovação é algo inerente há muito tempo, e agora está ainda mais acelerada. Teremos que respirar inovação mais do que nunca, aprender a conviver com IA e até com robôs no futuro, quem sabe. Inovação deve se tornar natural.

Você tem às vezes uma área meio cinzenta entre hard e soft skills. Você acha que existem habilidades que permeiam entre hard e soft skills?

Adriana Loch: Sim. Uma não exclui a outra, precisamos ter ambas. Preciso dominar a parte técnica da minha função, essas habilidades se complementam. 

As soft skills tem crescido tanto pois geralmente as pessoas são contratadas pelas habilidades técnicas e demitidas pelo comportamento. É onde entram as soft skills, ou human skills, como prefiro chamá-las. 

Quanto mais conseguirmos fazer com que essas partes conversem, mais diferenciados somos. O desafio da inovação é fazer com que essas áreas conversem bem. 

Quais são as soft skills que fazem diferença para quem realmente quer ser inovador?

Adriana Loch:

  • Inteligência Cultural;
  • Autoconsciência e Auto responsabilidade;
  • Gestão da Inovação;
  • Criatividade;
  • Sentir.

Inteligência Cultural: é estudar outras culturas e saber me comunicar com outras culturas. Entrar no mundo do outro, saber adequar a linguagem com a cultura que irei lidar.

Autoconsciência e Auto Responsabilidade: é tomar consciência do que de fato eu sou, do que de fato eu posso oferecer para o outro e o que eu não tenho e não posso oferecer é muito importante. 

Erramos todos os dias, mas quem tem autorresponsabilidade bem desenvolvida tem um tempo de reação muito mais rápido de quem não tem. Enquanto quem não tem está reclamando, quem tem autoconsciência e auto responsabilidade está olhando para a solução. Os profissionais que têm essas características geralmente saem na frente, pois junto com elas vem uma capacidade de resposta muito grande. 

E isso é essencial para inovar. É saber que mesmo que eu esteja em um departamento que não é de inovação, eu tenho a responsabilidade de fazer o melhor com aquilo que tenho. Ter a capacidade de transformar aquela realidade. buscar maneiras de fazer melhor, mais rápido e mais barato.

Gestão da inovação: diz sobre gestão do tempo, a capacidade de visão e a capacidade de correr riscos.

É importante entender que inovar prevê riscos e riscos prevêem erros. Portanto, é necessário se permitir errar. Além disso, fazer a gestão de tempo orientada a inovação, estipulando um tempo dedicado a isso, nem que seja de 5%, permitindo erros. 

Criatividade: quem vem antes, inovação ou criatividade?

Sentir: precisamos nos adaptar para conviver com máquinas, e saber nos diferenciar delas. Um robô pensa e age, o ser humano é o único capaz de sentir, e essa é maior inner skill de todas. Portanto, treine a capacidade de sentir. 

O que posso fazer hoje, para inovar na prática, mesmo sem recursos ou setor?

Adriana Loch: Se perguntar “o que posso fazer para deixar algo melhor, e/ou mais barato e/ou mais rápido, sem afetar a qualidade?” Pratique isso. 

Como desenvolver Inner Skills? Com Marcelo de Elias

Antigamente tínhamos uma priorização das hard skills. Você tinha que aprender uma máquina, Excel, algo muito técnico. Com o passar do tempo, vieram as soft skills, que vem ganhando mais força. Recentemente surgiram as inner skills. Poderia comentar um pouco sobre isto? 

Marcelo de Elias: Existe uma pesquisa da editora Abril que aponta que 86% das demissões ocorrem por motivos comportamentais. Ou seja, soft skills. 

As pessoas contratam pelas hard skills e demitem por causa das soft skills. Isso mostra a importância de se atentar às soft skills. 

No entanto, as soft skills não andam sozinhas: existem outros elementos que as deixam mais potentes. Eu conheci isso como habilidades intrapessoais, habilidades internas. 

Explico: 

Existem as habilidades técnicas (hard skills) – orientadas para trabalhos objetivos, como conhecer excel, cálculo, análise algorítmica. 

As habilidades socioemocionais (soft skills) – relações interpessoais, que é como você lida com o ambiente, como trabalhar sob pressão, trabalho em equipe, inteligência emocional.

E as habilidades internas (inner skills) – que são as habilidades intrapessoais. Na verdade, muitas habilidades socioemocionais são internas, como por exemplo a persistência, que está muito mais pra inner skill, que é algo meu comigo mesmo, do que uma soft skill.

Algumas soft e inner, no entanto, tem uma intersecção, que se tentarmos classificar, poderiam ocupar ambas classificações.

profissional inovador

Como você define Inner Skill? 

Marcelo de Elias: É aquela habilidade que você pratica sozinho, por exemplo, deitado na sua cama de olhos fechados.

É algo mais de você com você mesmo, em que você não precisa estar inserido em um ambiente empresarial ou de relação com equipes para que elas sejam desenvolvidas ou percebidas. Elas, inclusive, têm uma relação direta com o seu livro, Economia da Paixão, Pimenta. 

Isso aí tem a ver com mindfulness, as forças de caráter da psicologia positiva, virtudes humanas. Na verdade, tem a ver com isso tudo. O que diferencia é que as empresas hoje estão percebendo que isso é assunto de interesse delas. Por isso é chamado de skill. São habilidades também para carreira, para empreender. 

Portanto, essas habilidades como elementos para serem usados no desenvolvimento de carreira nos negócios estão sendo discutidas agora. O ineditismo a respeito do tema é porque está sendo discutido como desenvolvimento de carreira.

Porque estão nesse bolo de skill das empresas?

Marcelo de Elias: Sabemos que as Hard e Soft Skills constroem resultados melhores para qualquer carreira, qualquer negócio. Muitas das Soft Skills e algumas Hard Skills precisam das Inner skills para terem mais potência e acontecer. 

Exemplo: uma ex-colega de trabalho, que é uma profissional muito competente tecnicamente, tinha dificuldades em Soft Skills: trabalhar sob pressão, receber feedback, relacionamento, comunicação. 

A empresa não queria abrir mão dela devido a suas hard skills, e, então decidiu desenvolvê-la com ensinamentos tradicionais, como treinamento de trabalho em equipe e inteligência emocional. 

Os avanços obtidos foram poucos. Encurtando a história, um tempo depois, ela veio se abrir para mim, dizendo que sempre achava que as pessoas estavam a perseguindo, que não podia falar o que pensava para as pessoas, senão alguém iria a derrubar, ou que se desse uma ideia alguém iria usar isso contra ela. 

Veja que o problema está muito mais dentro dela do que apenas em desenvolver técnicas de relacionamento. O problema dela foi resolvido através de terapia.

Então, percebemos que muitas habilidades sociais e algumas técnicas vão precisar de internas. De técnica, te dou de cara um exemplo: Excel. Se você não tiver uma boa concentração você não vai ter uma boa performance no Excel. 

Mas isso é assunto para empresas?

Marcelo de Elias: É. Pois se a pessoa não tem consciência, autoconsciência, energia, por exemplo, isso vai impactar nas skills clássicas. Por isso as Inner Skills estão agora virando assunto de estudo. 

Como demonstro a importância das Inner Skills formalmente?

Marcelo de Elias: A melhor forma é através da comparação antes e depois. São skills intangíveis, e dessa forma, conseguimos colocar numa escala de nota, conseguimos trazer números para uma estratégia humana. 

Como desenvolver Inner Skills?

Marcelo de Elias:

Descubra qual a sua missão. Para o que você veio ao mundo. Quando você consegue se auto observar dessa forma, passa a ter mais clareza sobre as habilidades interpessoais que você já possui, e outras que você tem que desenvolver para cumprir o seu propósito.

Coloque-se em primeiro lugar. Não é para ser egoísta, não é isso que estou pregando. É para entender que, se tratando de Inner Skills, se você não se salvar, como irá salvar o outro? Se você não estiver bem consigo mesmo, não possuir auto consciência, auto interpretação do mundo, você terá dificuldade de interpretar o outro, de avaliar o outro, de ajudar o outro.

Mantenha o equilíbrio nas 4 dimensões: física, mental, socioemocional e espiritual. Trabalhando bem o equilibrio entre elas, você se desenvolve melhor.

Abertura ao feedback: quando você está aberto a entender o outro, você desenvolve novas percepções sobre o que você pode ou precisa desenvolver em si mesmo. 

NOTA
Neste ponto, adiciono: é preciso ter desapego de ideias mais elaboradas, você tem que estar mais aberto para a inovação. Inovação requer muitas vezes ouvir o outro e abrir mão da sua certeza.

Marcelo de Elias:

Cuidado com o passado: tem pessoas que não desenvolvem inner skills pois estão presos ao passado. “Ah, mas uma vez eu confiei em alguém e dancei, a pessoa passou a perna em mim, então não posso confiar.” “Tentei uma vez meditar e não consegui!” Assim você deixa de usar melhor suas Inner Skills. Tente de outras formas!

Meditação: excelente para desenvolver Inner Skills, concentração, autoconhecimento. 

Seja seu amigo: tenha auto estima, goste de si mesmo, pois se você não reconhecer suas virtudes, não conseguirá desenvolver bem as inner skills, mas também puxe sua orelha de vez em quando, pare para pensar, faça um exame de consciência a noite e pergunte a si mesmo o que fez de certo e errado no dia. Esse exercício permite que você reconheça oportunidades de mudança. 

Como desenvolver Innovation Skills


Agora que você já entendeu as várias habilidades que compõem um bom profissional, o que são Innovation Skills, como elas funcionam, e as habilidades relacionadas e potencializadoras, é claro que também vou te dar dicas de como desenvolver essas habilidades para inovar. 

Aqui estão 5 dicas iniciais que você pode seguir para desenvolver suas Innovation Skills:

1. Avalie o seu grau de habilidade de inovação atual

O Conference Board of Canada desenvolveu o Teste de Aptidão de Habilidades de Inovação, em inglês, para que você possa testar a si mesmo e auto avaliar seus resultados.

Descubra como você se classifica nas principais áreas de Innovation Skills e o que você pode fazer para desenvolver suas habilidades.

2. Exercite todas as etapas do pensamento criativo

Diante de um desafio, é da nossa natureza, como humanos, nos engajarmos em um processo criativo universal que passa por quatro estágios de pensamento criativo. 

  1. Preparação 
  2. Incubação
  3. Iluminação
  4. Verificação

Na primeira etapa, esclarecemos o desafio. Nas etapas a seguir, geramos, desenvolvemos e implementamos ideias para resolver o desafio. Esse processo universal é, na verdade, um processo de inovação.

Embora estejamos todos programados para entrar nesse processo criativo universal, todos temos preferências para nos engajar nele. Alguns de nós preferem apenas uma dessas etapas, e outros preferem se envolver em duas, três ou quatro.

E isso tem um impacto significativo nos resultados da inovação. Se quisermos desenvolver habilidades de inovação, precisamos nos certificar de que estamos engajados em todas as etapas desse processo, não apenas nas etapas que preferimos realizar.

3. Utilize o Design Thinking para solução de problemas

etapas do Design Thinking

Em sua essência, inovação são problemas, desafios ou oportunidades que precisam de criatividade para serem resolvidos. É a criatividade que impulsiona nossa capacidade de superar restrições e encontrar a novidade e o valor necessários para o sucesso da inovação.

Uma forma de desenvolver Innovation Skills é praticar o design thinking, um método comprovado para abordar um problema ou desafio de forma criativa e inovadora. 

Para saber tudo o que você precisa saber sobre Design Thinking, você pode acessar a minha página que fala tudo sobre o assunto:

Ou, se você quiser aplicar essa abordagem de forma profissional na sua empresa, treinar sua equipe para que em conjunto e de forma colaborativa tenham um processo de pensamento crítico e criativo que levam ao desenvolvimento de produtos e serviços focados nas necessidades, desejos e limitações do usuário, você pode conseguir isso através do meu Workshop de Design Thinking, clique aqui!

4. Pratique Mindfulness

Mindfulness na inovação consiste em prestar atenção aos pensamentos, emoções e experiências à medida que se desenvolvem. É uma habilidade crítica de funcionamento para se engajar na inovação. 

A inovação é, também, um processo criativo e emocional em que você se engaja com outras pessoas. Para avançar no processo, você precisa sentir o seu caminho e estar ciente do contexto no qual está trabalhando, para que possa receber feedback e dicas para avaliar suas próximas etapas. 

Não é um processo pelo qual você pode navegar contando apenas com o pensamento cognitivo, lógico ou analítico. Ter inteligência emocional é vital, assim como ser capaz de recorrer à intuição.

Tenho um post especial sobre o tema que você pode conferir:

5. Coloque em prática, reflita, aprenda, repita

A inovação é um processo de aprendizagem. Ela nos empurra para novos lugares, muitos dos quais precisamos ir sem experiência anterior. Experimentamos, aprendemos à medida que avançamos e, por meio de aprendizado e aprimoramento contínuos, realmente desenvolvemos habilidades.

Inovação na teoria, no papel, não é inovação. Só é inovação aquilo que gera valor percebido, portanto é hora de testar todas as escolhas que fez até aqui e validar sua abordagem.

Dúvidas são comuns em processos inovadores. E a melhor forma de lidar com elas é construir hipóteses (priorizando impacto esperado x dificuldade de implementação x riscos) e testar na prática, descartando o que não funciona e implementando o que funciona.

Funcionou? Reflita, aprenda, aprimore, e repita todo o processo!

Devo ressaltar: quem quer ser inovador deve ter tolerância ao erro, mas esse erro precisa ser calculado e deve gerar aprendizado!

Para inovar, é preciso estar em constante aprendizado.

Confira aqui algumas maneiras de inovar de forma descomplicada:

6. Tenha um ambiente propício à inovação

Para que a inovação aconteça, não depende apenas do profissional, mas também dos líderes e colegas de equipe, portanto, é preciso criar um ambiente propício a isso.

profissional inovador

Confira alguns artigos sobre o assunto:

Ou, ainda, invista no seu negócio de forma profissional e crie uma equipe preparada e inovadora. Tenho 2 opções para você:

Entre em contato e tire suas dúvidas!

Até a próxima!

Postado por Marcelo Pimenta

 

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